Uma última nota, nada secundária, tem a ver com as inesperadas e surpreendentes referências/colagens a gente tão ilustre como Jonathan Richman, os Pixies, os New Order e os Clash, traduzidas nas citações de Roadrunner e Where is my mind e na samplagem de Blue Monday e Straight to hell. E esta, hein?
30 setembro 2007
Quentes e boas: M.I.A / Kala
Uma última nota, nada secundária, tem a ver com as inesperadas e surpreendentes referências/colagens a gente tão ilustre como Jonathan Richman, os Pixies, os New Order e os Clash, traduzidas nas citações de Roadrunner e Where is my mind e na samplagem de Blue Monday e Straight to hell. E esta, hein?
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28 setembro 2007
Última hora
Mas fica uma pista fotográfica: nós aqui gostamos de enigmas, e quanto mais difíceis melhor.
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Etiquetas: Bota-discos
Dream life the way you think it ought to be, see things you thought you'd never ever see
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24 setembro 2007
Quote of the day - Mão Morta / Velocidade escaldante
Os putos vêm só para dar um fix
Estendem-se pelo quarto a folhear comics
Esquecem gringas a marcar os livros
E morrem de volúpia num esgar feliz
Sempre a propósito a educação musical das crianças, ontem presenciei um belo momento.
E isso é bonito.
22 setembro 2007
From him to eternity
Seria uma boa ocasião para escrever um post comprido, em que tentasse explicar como alguns discos dele foram importantes para mim, apesar de só ter contactado a sério com a sua música a partir de 1990, quando comprei o The Good Son. Depois disso comprei todo o back catalogue e tudo o que ele foi publicando. Até tenho o The Boatman's call autografado, numa sessão na HMV de Oxford Street em que trocamos breves palavras. Foi assim:
Joe: God bless you, Nick.
Nick (após ligeira pausa para ver quem tinha feito uma saudação tão bacoca): OK.
Pronto... não foi exactamente um diálogo do tipo socrático, mas é melhor que nada. Ou têm melhor para a troca?
Anyway, não era aí que eu queria chegar. O que queria dizer é que este Homem com dois Agás Grandes é em absoluto um dos meus cantores/compositores preferidos. E que lhe desejo muitos mais anos de vida e de actividade. E que um dia destes volte a aparecer por cá, porque já lá vão uns anos desde a última vez que o vi. Foi por volta de Abril de 2001, no Coliseu de Lx, na digressão do No more shall we part.
Para comemorar a data deixo não um, não dois, mas três clips. O primeiro remonta aos primeiros tempos dos Bad Seeds, e é a cover de uma das minhas canções preferidas, outrora cantada pelo King. O segundo é possivelmente a sua melhor canção de sempre, uma reflexão desesperada sobre a culpa e o castigo (ele costuma dizer que é sobre a cadeira eléctrica). O terceiro é uma canção de amor simples e perfeita, de um dos melhores discos dos 90's.
God bless you, Nick.
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20 setembro 2007
Tugas that kick ass: Mão Morta / Budapeste
Fico à espera que os gajos se dignem lançar o tão requisitado DVD com os clips destes 20 e tal anos, para poder voltar a ver coisas como o Chabala, o Anjos Marotos ou o Em directo para a TV.
Se entretanto quiserem saber o que está disponível, a própria banda tem a fineza de fazer uma lista aqui. Já agora, para quem gostar e se der ao trabalho, grande parte da actuação deles deste ano em Coura está no YouTube.
Melhor banda rock portuguesa de sempre. Period.
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18 setembro 2007
Nights in white satin and dawns in hot sausage
Tempo: uma sexta feira de verão, por volta das 03.00, circa 1999)
Quatro jovens bem parecidos e na flor da idade preparam-se para tentar entrar numa discoteca cheia sem companhia feminina; um deles convenceu os outros três de que utilizaria perante o porteiro um argumento decisivo e infalível.
Tocam. O porteiro espreita, vê que são quatro gajos e faz que não com a cabeça. O jovem argumentativo não se fica. Bate à porta e pede para falar. O porteiro anui, com cara de quem não vai fazer fretes. O argumentativo dipara:
- É que eu sou amigo do Zéquinha...
O porteiro para e medita: "mas quem c****** é o Zéquinha???", pensa. Lembra-se depois que é o DJ; "claro, este cromo não ia dizer que era amigo do barman." Ri-se e volta a dizer que não. O argumentativo insiste:
- Não sei se percebeu, eu sou amigo do Zéquinha, ele está hoje a pôr música e disse-me para aparecer, que não ia haver problema... Se quiser pode ir chamá-lo.
"Só me faltava esta agora, este deve querer que a música pare para o gajo lhe vir aqui dar um abraço".
- Não amigo, lamento mas hoje não pode ser, sabem muito bem como a casa funciona.
Os outros amigos tinham-se chegado para longe da vista do porteiro, com medo de não voltarem a entrar ali nem com a Kournikova pela mão. O argumentativo permanece inconformado junto à porta, e repete baixinho
- Mas eu sou amigo do Zéquinha...
Desistem e bazam.
ACTO II
(Tempo: meia hora mais tarde;
Espaço: junto às roulottes de cachorros do castelo do queijo)
O argumentativo pede um cachorro completo à menina, cujos cabelos amarelos-escuros exibem umas raízes tão pretas como os poucos dentes que ainda lhe restam. A conversa com o porteiro deixou-o faminto. Ela ri-se toda, pisca-lhe o olho e prepara a encomenda. Vai-se rebolando, insinuante e marota, entre salsichas, cebola e tudo o mais a que o nosso herói tem direito. E então a magia acontece: irrompe no éter uma melodia que por esses dias invadia Portugal. A salsicheira dengosa abana-se, sorri atrevida para o moço sensual e canta-lhe:
-"Estou fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração vai ser 'prá sempre seu..."
Acabámos os cachorros e fomos à nossa vida. Há suspeitas mais ou menos fundadas de que após ter sido deixado à porta de casa o argumentativo apanhou um Taxi e voltou às roulottes. Chegou, assobiou, piscou o olho à salsicheira e partiram para uma noite louca de paixão. O resto é uma lenda urbana.
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Etiquetas: Cenas
17 setembro 2007
Back to the old house
Ora, volta e meia há concertos no Mercedes, que são muitos diferentes do normal em função das (ou se preferirem "derivado às") características do espaço. Há uma grande proximidade dos músicos com o público, que muitas vezes acabam a noite a beber uns copos juntos. Já vi lá alguns excelentes concertos dos Logh, dos Mão Morta, de Mark Eitzel ou de Lou Barlow. E perdi outros tantos, por andar distraído ou por não ter arranjado bilhete (a lotação é de 100 pessoas).
Daí que venha avisar o povo que no dia 29 de Outubro os The Sea and Cake vão lá tocar, e eu só não irei de não puder. Não é todos os dias que uma das bandas mais aclamadas do panorama indie-pop toca para uma mão cheia de felizardos.
Fiquem lá então com a versão que estes moços de Chicago fizeram para uma canção bem conhecida do Mestre. E depois não digam que ninguém vos avisou.
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13 setembro 2007
Know wha' I mean, know wha' I mean, say no MORE!!
Quer dizer, perdi a cabeça é capaz de ser uma força de expressão. Não custou assim tanto.
Há uns tempos debatia-se em alegre tertúlia, talvez em frente a uns finos e uma francesinha após mais uma vitória no Dragão, qual o melhor sketch de sempre. E se bem me recordo, este foi votado como vencedor provisório. Quem discordar que se pronuncie, ou se cale para sempre.
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12 setembro 2007
Quote of the day - Lloyd Cole / Forest fire
and mess up your place, lets go for a spin
Say we shouldn't even know each other, and that will be undone
Don't that make you smile, like a forest fire?
Houve um tempo em que este gajo era o maior. Tinha um penteado cool, usava camisolas de gola alta e cantava como o caraças. E escrevia canções que até arrepiavam com letras fantasticamente enigmáticas, como esta, a fabulosa Rattlesnakes, ou a extraordinária Are you ready to be heartbroken (que inspirou um dos melhores singles do ano passado).
Era 1984, eu tinha 14 anos, e foi quase como uma revelação. A pop podia ser pop, e ser extasiante e fazer-nos levitar e sonhar acordados. Só por este álbum perfeito o Lloyd merece o paraíso.
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11 setembro 2007
Roses for the Stones
10 : She's a rainbow
09: Beast of burden
08: Sympathy for the devil
07: Gimme shelter
06: Doo doo doo doo doo (heartbreaker)
05: Paint it, black
04: Honky tonk women
03: Tumbling dice
02: Moonlight mile
A minha preferida é uma que de vez em quando tenho que cantar ao Filipe, numa clara demonstração de como o rock pode ser pedagógico. Nos tempos em que fumava acendia sempre um cigarro quando ela começava, porque sabia que iam acabar ao mesmo tempo. E claro que quem viu o The big chill nunca mais se esquecerá que esta também era a canção preferida do Alex.
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08 setembro 2007
Quote of the day - The Flaming Stars / Bring me the rest of Alfredo Garcia
Bring out the dead, bring a bottle today,
bring out all your rubbish and throw it away
Something's missing and it stinks around here,
I said, bring me the rest of Alfredo Garcia
E porquê falar hoje desta trupe? Porque acabei há bocado de ver o grande, portentoso e brutal road-kill-movie de Sam Peckinpah, Bring me the head of Alfredo Garcia, a que os Flaming Stars roubaram (substituindo head por rest) o nome de um dos seus primeiros singles. Infelizmente não há clip dessa música, mas se quiserem ouvir outra para ficarem com um cheirinho, fáxavôr clicar aqui.
E tenham um bom fim de semana.
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04 setembro 2007
Quote of the day - Adam Green / Emily
I just don't care about the evening news,
I never listen to the crackhouse blues
They say the city is the place to be
I wanna dance with Emily
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03 setembro 2007
Murder takes the wheel of the Cadillac, and death climbs in the back
Quando a senhora morreu, tinha acabado há poucos dias os exames do curso que fiz em Londres nesse ano. A coisa deu-se numa noite de sábado, em que havia uma festa na minha residência. Uma vez que era o feliz proprietário de uma mini-aparelhagem e que nutria algum gosto pela função, punha muitas vezes música nestas festas; normalmente repartia a missão com um grego, cujo nome reparo que se me varreu da memória. Adiante. Nessa noite, como de costume, levei a minha mini-hi-fi e estive para aí até às 4 a animar o povo e a mim próprio. Quando me fui deitar aquilo ainda estava para durar, de modo que deixei a aparelhagem por lá com outrem nos comandos, e combinei que na manhã seguinte a ia lá buscar.
Por volta das 11h. bateram-me à porta do quarto. Eram duas colegas acompanhadas por um polícia. E fiquei a saber que na noite anterior dois tipos se tinham introduzido na festa, tinham conseguido ficar por lá despercebidos até toda a gente se ir deitar e tinham gamado as duas aparelhagens de serviço. Iam pela rua fora quando acharam que um carro da polícia estava a desconfiar deles, e vai daí resolveram tentar a fuga. Um conseguiu, o outro foi apanhado - felizmente o que levava a minha Aiwa.
Reparem que tudo isto ia sendo contado a alguém que tinha dormido pouco e bebido bastante na noite anterior, pelo que se compreende a minha estupefacção quando a meio do relato, estava eu a assinar uns papéis quaisquer, alguém mencionou que a pobre Diana tinha quinado. Devo ter feito uma expressão tão perplexa que o polícia se sentiu no dever de me esclarecer, e disse mais ou menos isto: "Oh, but don't worry Sir; it had nothing to do with the stealing of your stereo".
Hoje esta aparelhagem ainda está no escritório, embora pouco usada. Se ela falasse, o mundo saberia finalmente a verdade sobre o que se passou no tal túnel em Paris; mas isso é um segredo meu, dela, do polícia e do ladrão.
Agora, o que tem piada (dentro do género...) é que na noite anterior tinha passado a canção cujo clip vai aqui em baixo. Foi o Kostas, outro grego, que viu o disco na minha mala e me pediu para a passar, apesar de completamente fora da onda britpop/revival que normalmente animava a "pista". Naturalmente passei-a (e dancei-a) com gosto.
Ainda assim, há coisas do caraças.
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