30 setembro 2007

Quentes e boas: M.I.A / Kala

Não tinha ficado muito entusiasmado com Bird Flu, o single de apresentação do novo disco de Maya Arulpragasam, a cingalesa filha de um Tigre Tamil, refugiada em Londres e que assina os discos como M.I.A. Mas para além de ter reavaliado o dito cujo, que se revelou uma canção bem mais contagiante do que parecia à primeira vista, a audição de Kala, o novo disco da menina, deixou-me abananado. E ela avisa na faixa de abertura: "M.I.A. is coming back with power-power!"
Não sou, declaradamente, um grande apreciador das produções mais dançáveis, nem de exageros de fusões etno-pop. Mas esta mistura de ritmos afro-hindi-brasileiros com umas pitadas de rock e de rap é irresistível em qualquer pista de dança (sendo que a cozinha entra no meu conceito, bastante amplo, de pista de dança). Com uma paleta de sons bem mais diversificada do que o excepcional Arular (um dos meus discos preferidos de 2005), este disco não vai com certeza desiludir quem já tinha gostado dessa estreia brilhante, e ainda é bem capaz de arrebanhar mais ovelhas para a causa. De resto, as apreciações à actuação em Coura foram mais do que positivas.
Uma última nota, nada secundária, tem a ver com as inesperadas e surpreendentes referências/colagens a gente tão ilustre como Jonathan Richman, os Pixies, os New Order e os Clash, traduzidas nas citações de Roadrunner e Where is my mind e na samplagem de Blue Monday e Straight to hell. E esta, hein?
8,5/10

6 comentários:

joaquim.guilherme.blanc disse...

Nunca achei nada de especial a esta menina, não sei pq. Toda a gente tem um fraquinho por ela. Eu não e até gosto de abanar o quadril.
Já agora, para quando crítica ao novo da Polly Jean. Ainda estou a recuperar do choque. Que lamechice vulgar...

Joe disse...

Lá está, não se pode agradar a todos... mas não seria de esperar outra opinião de um fã dos Junior Boys :) :) :)
Sobre a PJ... parafraseando o Bigodes, a princípio estranhei e agora começo a entranhar. Reservo uma apreciação mais amadurecida para daqui a uns dias.

M.A. disse...

Também sou daqueles que não foram conquistados por "Arular". Mas gostei bastante do concerto em PdC. Para surpresa minha (e desilusão de muitos) foi mais hip hop do que o esperado. E não é todos os dias que temos um bom show hip hop cá no rectângulo...

Abraço

joaquim.guilherme.blanc disse...

Olha, olha, fala o senhor lilly allen ( também chamado lilas lover) :P Acho saudável ter um affair com música pirosa, de tempos a tempos. Agora já abandonei os junior boys. Ando totalmente entregue ao primeiro single da lindsey de paul, chamado sugar me. Recomendo, principalmente aos fãs da série Dallas, e das suas actrizes. Está nessa linha.

Joe disse...

Vá, vá, a Lilly é uma querida, nada de dizer mal.
Essa das actrizes do Dallas fez-me logo sacar o tal de Paul. Que nostalgia da ma**lhuda Pamela, da copofónica Sue Ellen e da anã loira cujo nome agora me escapa... Foram mulheres com um papel não totalmente dispiciendo na minha pré-adolescência.

alpista disse...

unhaca amarela: do melhor para o pavilhão auditivo!