31 maio 2007

Quote of the day - Kinks / Wonder boy

Wonder boy, and the world is joy, every single day,
Its the real McCoy, wonder boy.




Boa sorte, wonder boy, foi pena não teres tido tempo para mostrar mais habilidades por cá.
Qualquer dia há-de vir outro.

29 maio 2007

Eternal life

Foi-se há 10 anos, nas águas de um afluente do Mississipi. Merda.

27 maio 2007

O' happy days (3)

78 min. Ribeiro Cristóvão e Miguel Prates, que comentavam o jogo na RTP1, diziam que a água mole em pedra dura, tanto bate e às vezes não fura. Eu próprio começava a deixar de acreditar. E então houve magia, e vimos um golo tão fantástico que só podia ser um sonho:


80 min. Eu ainda gritava o golo anterior. Depois das comemorações, Madjer tem que ser assistido fora do campo. Quando se prepara para reentrar, Ribeiro Cristóvão diz que se calhar estará incapacitado para os minutos que faltam. Mal entra, o argelino faz só isto ao lateral direito do Bayern:



Passei a noite na rua e ao raiar do dia fui às Antas receber a equipa. Não é por acaso que o dia 27 de Maio de 1987 está desde o início presente no banner da C-70. Provavelmente nunca o futebol me dará outra alegria como esta. Obrigado, FCP.

O' happy days (2)

Passaram ontem 3 anos sobre a segunda maior alegria da minha vida de adepto da bola e do melhor clube do mundo. A coisa deu-se na Alemanha, mais exactamente num sítio chamado Gelsenkirchen. Desta vez não estava lá. Estava em casa de um amigo, acompanhado de amigos. Antes de fazer dois anos, o meu filho já era bicampeão nacional e tinha ganho duas taças europeias. Tunga!


26 maio 2007

Lila Downs@Guimarães

Como toda a gente sabe, a C-70 é sobretudo um espaço de pop-rock. Mas onde o multiculturalismo e a biodiversidade são acolhidos de braços abertos, e em que volta e meia se arranja espaço para a world-music. É claro a folk e todos os seus derivados não deixam de ser world-music, mas isso é uma conversa que nos dava para o dia todo e ainda quero ir ao ginásio antes do almoço. Adiante, portanto.
Serve tudo isto para exortar o nosso vasto auditório a comparecer em massa no Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães. É que hpje é noite de Lila Downs, e um concerto dela não se pode perder. Se for tão bom como o do ano passado na Casa da Música, acreditem que vale mesmo a pena a viagem e o bilhete. Para quem não conhece (e não me ocorrendo melhor termo de comparação), mete a Lhasa de Sela a um canto. Eeeeeeeeeeeeasilly....
Hasta lueguito.

23 maio 2007

Quote of the day - Cure / A forest

Suddenly I stop, but I know it's too late
I'm lost in a forest all alone
The girl was never there, it's always the same
I'm running towards nothing,
Again and again and again...
....

... and again, and again.




Não sei porquê, deu-me para isto, deve ser de ouvir muito o disco dos Legends. Muitos anos depois continua a ser uma canção e pêras.
Vejam a carinha do Beto Silva antes de deixar crescer a trunfa, e digam lá se o moço não tinha ar de electricista, ou servente de trolha, ou coisa que o valha.
E se quiserem ainda melhor, vejam aqui o clip de outra canção quase tão boa.

What goes on

Do caraças!, é o que se pode dizer dos singles novos dos Interpol (The Heinrich Manouver) e dos Editors (The smokers outside the hospital door) - este último em destaque aqui em baixo para deleite de V. Exas. Épicos e grandiosos. Estarão com certeza na lista C-70 das melhores canções do ano.
Ainda quanto a novidades, Icky Thump, o avanço para o novo dos White Stripes é uma grande desilusão. Parece escrito de improviso e gravado ao primeiro take, entre umas cervejas e dois discos dos AC/DC. Até pode ser que me habitue, mas para já parece-me banal e desinspirado. Outra desilusão é Bird Flu, o novo da nossa querida M.I.A. Muito longe dos gloriosos Galang ou Sunshowers.
Ainda não decidi se gosto ou não do single novo dos Chemical Brothers. Do it again soa demasiado a uma cópia de Sexyback (o do Justin), mas menos divertida. De qualquer forma, a versão radio edit é melhor do que a que têm aí linkada, que por demasiado longa perde o assunto a meio.
Recomenda-se vivamente a todos a audição, compra, gravação ou sacanço de Version, novo álbum de Mark Ronson. Como o nome indica, é um disco composto sobretudo por versões de canções que já conhecemos, aqui em versões lounge/big beat/ swing muito bem esgalhadas. Vai desde o antigo (Jam) ao recente (Kasabian, Zutons, Kaiser Chiefs, Maximo Park), passando pelos Radiohead e até pela Britney. Um dos pontos altos (a par das interpretações de Lily Allen e Amy Winehouse) é este Stop me, original dos Smiths aqui misturado com o clássico You keep me hanging on (já cantado por toda a gente das Supremes a Kim Wilde e passando por Lou Reed)
Só para terminar, referência a duas belas covers que andam por aí: os Killers (banda de que eu continuo a gostar muito, por muito que lhes chamem azeiteiros) gravaram Shadowplay, dos eternos Joy Division, para a BSO do biopic de Ian Curtis, recentemente apresentado em Cannes; e os Franz Ferdinand fizeram o mesmo a All my friends, novo single dos LCD soundsystem, mas aqui para sair como lado-B. Desta última não há cópia disponível, mas vai o original que é para ninguém se queixar.

E fiquem todos muito bem.

22 maio 2007

O' happy days (1)

Como estamos em semana de festa cigana, a C70 vai aproveitar para recordar alguns momentos de festa em finais de Maio de anos anteriores. E já foram alguns.
O que se recorda hoje deveria ter sido postado ontem, não me tivesse dado o sono. No dia 21 de Maio de 2003 estava um calor infernal em Sevilha. Todos se lembram de como foi: decidido a poucos minutos do fim do prolongamento por aquele a quem chamávamos o Ninja, por estes dias assobiado para os lados do galinheiro. Foi com toda a certeza o jogo mais sofrido a que assisti ao vivo. E bem sofri também para lá estar, um dia inteiro na fila, sem chapéu nem protector, e um escaldão que me deixou marcados na cara os óculos de sol, para gáudio de alguns.
Deixo aqui o momento picaresco da noite, a abrir a 2ª parte. E vejam como até aqui se mostrou a classe à parte do futebolista com mais troféus de todos os tempos.

21 maio 2007

Quote of the day - Grandaddy / Now it's on

Bust the lock off the front door
Once you're outside you won't want to hide anymore
Like the light on the front porch
Once it's on you're never wanna turn it off anymore
And now it's on,
NOW IT'S ON!



Este ano custou, mas finalmente está arrumado. O Filipe já é tetracampeão.

Alguns adeptos (não todos, naturalmente) de certo e determinado clube de bairro têm aqui uma pequena dedicatória, cortesia da C-70.
E não precisam de agradecer.

20 maio 2007

Vou ali ser campeão e já volto.

Fiquem bem.

14 maio 2007

This is the way, step inside


Qual é o mínimo denominador comum entre Velvet Underground, Bowie, Iggy Pop, A Certain Ratio, Sex Pistols, Cure, Buzzcocks, Teardrop Explodes, Echo & the Bunnymen, New Order, Swans, Interpol, Girls Against Boys, Editors, Legends, Jose Gonzales, Nouvelle Vague, Moby, Nine Inch Nails, Colder, Killers, X-Wife e
uma galinha?
No próximo dia 18 passam 27 anos sobre a morte de Ian Curtis. A C70 vai recordar um dos maiores poetas do rock, um dos maiores vultos da cena pós-punk e um dos maiores ícones pop. O vocalista de uma das bandas inglesas mais influentes de sempre, o co-autor de um dos maiores discos jamais feitos.
Na sexta-feira os Joy Division vão dominar o Radio Bar. Eles e todos aqueles que os influenciaram ou por eles se deixaram influenciar, que se apropriaram das suas canções ou que partilharam os mesmos palcos.
Só a galinha é que não vai estar lá. Ou vai?

12 maio 2007

"Estou sujo, roído dos piolhos...

...os porcos quando olham para mim vomitam!"


Ontem fui ver, ao esplendoroso Theatro Circo, a estreia de Maldoror pelos Mão Morta. E o que é Maldoror, pergunta o desatento leitor? Ora bem, também eu (que lá estive) gostaria de saber responder de forma cabal. Mas posso dizer, sem mentir, que é uma espécie de adaptação sem forma definida da obra (que eu nunca li) do Conde de Lautréamont, pseudónimo de Isidore Ducasse. Pelo que li e me apercebi, a abordagem dos MM centra-se na ideia nuclear do livro, não tentanto acompanhar qualquer tipo de narrativa. E qual é a ideia nuclear? O mal, a repulsa, a indignidade, a recusa de quaisquer resquícios de autoridade, valores, ordem ou moral. Perversões sexuais, pedofilia, piolhos, matadouros, excrementos, sangue. Tudo isto, e muito mais, vai sendo recitado pelo nosso caro Adolfo, enquanto os 5 restantes elementos da banda o vão acompanhando musicalmente num registo rock próximo do habitual, cada vez mais permeado pela electrónica (como é patente nos últimos dois álbuns da banda e nos projectos paralelos de ACL, em especial os Mécanosphere). O centro do palco é ocupado por uma estrutura sobre a qual está pousada a bateria, e cuja base é o suporte de projecções de vídeo, muitas vezes captadas em directo pelo próprio Adolfo ou pelo arco do contrabaixo de Joana Longobardi. Os figurinos tranformam os 6 músicos em seres de esgoto, com escamas, pelos e pinças.

Dirá o leitor atento: rock, encenação de textos literários, sangue, sexo, anarquia, sujidade... qual é a novidade? Já não fizeram uma coisa parecida com Müller no Hotel Hessicher Hof? Já não ouvimos tudo isso desde há vinte e tal anos, em canções como Véus caídos, Aum, Charles Manson, Anarquista Duval, Bófia, Chabala, Amesterdão, Cão da Morte, Anjos Marotos, etc. etc. etc? Claro que sim. O que só nos garante que com Maldoror os MM estão no seu ambiente natural. Mas isto é também, porventura, a maior reserva que o espectáculo pode merecer: não estarão a dar uma grande volta para continuar falar do mesmo, apenas com uma superior caução literária?


Naturalmente, nada como ir ver (o que cá no Porto, pelos vistos, so vai ser possível em 2008...) . Entretanto, podem espreitar aqui se quiserem ter um cheirinho do espectáculo. Ou ler aqui uma entrevista com o poeta/performer/músico/jurista a quem alguém uma vez, num debate e falando a sério, chamou Dr. Luxúria. Fica-lhe bem.

10 maio 2007

Especial Guilherme

A Grande Família C70 não pára, e hoje nasce a C07. Dentro de algumas horas, se tudo correr bem, vai nascer o Guilherme. O Guilherme é filho do João e da Isabel. O João é meu sobrinho. O Guilherme será o meu quarto sobrinho-neto.
Como diz a Polly Jean, c'mon, Billy. Salta cá para fora porque há muito para fazer nesta vida. Bem vindo!!


06 maio 2007

Mothers of the world, unite!

A Classe de 70 não deixa passar em claro o primeiro domingo de Maio, agradece às mães de todo o mundo e exorta-as a continuarem a ser quem são!

Que sejam como a mãe da Stacy,


não como a do Kyle.

05 maio 2007

Put your Wray Gunn to my head






+







=


Ray = Raio.
Gun = Arma.
Raygun = arma de raios; artefacto utilizado amiúde por alienígenas em filmes e séries de ficção científica posteriormente considerados/as "de culto".
Wray = Segundo nome do guitarrista Link Wray, percursor de múltiplas formas de utilização da guitarra eléctrica no rock (distorção, fuzz) a partir de meados dos anos 50. Morreu em finais de 2005.
Gunn = Segundo nome do personagem principal da série Peter Gunn, cujo tema-título (escrito por Henri Mancini) todos nós conhecemos e trauteamos de quando em vez, e que tem sido alvo de N versões. Talvez a mais conhecida seja a dos Art of Noise, com a colaboração do veterano Duane Eddy (e que além de tudo tem um belo clip). Também era um jogo para o ZX Spectrum, mas nunca cheguei a perceber como se jogava.
Wraygunn = Segunda melhor banda portuguesa da actualidade, que mistura surf-rock, soul, R'n'B, gospel e o que mais se lembrar num caldeirão irresistível. São liderados pelo grande Paulo Furtado, a.k.a. Legendary Tiger Man, a.k.a. "o chefe".
Tocam esta noite no Plano B, à Rua Cândido dos Reis, na Invicta, e trazem na mala o seu novo álbum, Shangri-la.
Programa imperdível, para depois do FCP-Nacional no Dragão e da francesinha no Degrau.

03 maio 2007

Quote of the day - Whipping Boy / When we were young

When we were young we had no fear
of love nor sex nor warnings
Everyone was hanging out, everyone was sorted
When we were young nobody knew
Who you were or what you'd do
Nobody had a past that catches up on you
Amanhã tenho um jantar de curso, o primeiro a que vou. Este ano faz quinze anos - QUINZE ANOS, CARAÇAS!!!!! - que acabei o curso e me vim embora de Coimbra. Nunca mais vi grande parte dos meus colegas de curso. Como estarão depois de 15 anos? Barrigudos e carecas, ou elegantes e charmosos aqui como moi?
Como diz o povo, os anos passam e a caravana ladra. Comemoremos a velhice com este grande single de um dos melhores discos da grande colheita de 1995.