Mostrar mensagens com a etiqueta Tugas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tugas. Mostrar todas as mensagens

25 abril 2009

Classe de 74

Entre os Sheiks e o Huambo, este rapaz acabou por ficar para a história pelas melhores razões.

21 abril 2009

Revolution Rock

Do António Mafra ao Zeca do Rock, da Anamar aos Zen, do Anzol ao Zumba na Caneca, do Anel de Noivado ao Zuvi Zeva Novi, da Rosete ao Velho Luís, dos 40º à sombra ao Se cá nevasse, dos dias Atlânticos às noites de Budapeste, do distante Cairo a Grândola, vila morena...


este ano a revolução faz-se no Rádio Bar, numa noite 100% made in Portugal.
Vai ser uma noite de arrebimba o malho. Já diz o povo, e com razão, que "bonito bonito, são as cantigas do Tozé Brito".
Mas esta também não está mal:

09 março 2009

O que é preciso é estilo

Na sexta feira, e após um jejum de alguns anos, os Mão Morta voltaram ao Porto. Adolfo Luxúria Canibal recordaria, mais para o fim, que foi aqui que os MM começaram a pisar os palcos. E este vosso amigo pode gabar-se de os ter visto, salvo erro nos idos de 1985, num concerto/concurso encabeçado pelos GNR em que 6 novas bandas se mostravam à cidade. Creio que os vencedores foram os Bramassaji, de que se calhar alguns ainda se lembram.
Desta vez o palco foi o do Sá da Bandeira, onde já os tinha visto aquando da digressão do Primavera de Destroços (cada vez mais, talvez o meu disco favorito da banda). O concerto integrou-se na digressão Ventos Animais, que comemora os 25 anos destes pândegos bracarenses, e de cuja abertura já vos tinha dado conta neste post.
Ao contrário do que acontecera aí, desta vez não houve cadeiras, o que só por si seria uma considerável mais valia. O à-vontade que nos dá a posição vertical terá contribuído para o grande ambiente que se viveu entre a banda e o público, culminado pelos dois encores com que os MM brindaram a audiência. Um primeiro com Anjos de Pureza, Charles Manson e Anarquista Duval, e após muita insistência o momento de verdadeira catarse, apoteose ou como caraças lhe quiserem chamar, com o mais-que-clássico Oub'lá.
O alinhamento principal abriu com a pérola que dá nome à tournée, e não diferiu muito do apresentado em Barcelos e que será apresentado ao longo da digressão. E se depois, Barcelona e Vamos fugir foram talvez os momentos mais empolgantes, mas o concerto foi uniformemente excelente, mostrando uma banda no domínio completo do som e da sala. Cinco músicos que fazem rock como não há igual no nosso país, e um frontman que apesar de não cantar muito, concentra em si todas as atenções com uma presença em palco fortíssima.
Aqui em baixo podem ver um slideshow com algumas das soberbas fotos do concerto tiradas pela Joana Saramago, a quem a gerência deste tasco agradece penhoradamente. Se quiserem ver mais, bem como outros álbuns igualmente bons, vão aqui que vale a pena.

21 novembro 2008

luxúria no sanatório

Depois de ano e meia de ausência enquanto banda de rock que toca canções de rock (apesar de entrementes terem feito este espectáculo), a melhor banda lusa de todos os tempos regressa hoje aos palcos, e regressa em grande estilo. É em Barcelos, no Auditório S. Bento Menni, que fica no terreno da célebre casa de Saúde de S. João de Deus, mais conhecida como 'Casa Amarela'. Sim, a tal que deu o nome ao primeiro filme da trilogia de João César Monteiro no papel (lá está...) de João de Deus. A coisa até faz lembrar o mítico concerto dos Cramps no Napa State Mental Hospital, e cenas como esta, mas não creio que vá ser tão radical.

Já estou com saudades de um concerto à séria dos Mão Morta, que já não vejo desde uma noite no Mercedes por alturas da digressão do 'Nus'. Em época de agonia financeira e de crise (mais uma) do capitalismo, tenho a certeza que não vão deixar de tocar esta grande malha róquenroleira.

28 outubro 2008

Get live if you want it

Um concerto pode ser mais do que uma oportunidade para ouvir música(s) em boas condições acústicas e disfrutar dos dotes técnicos dos executantes. Aliás, um concerto pode-nos deixar felizes independentemente destes factores, e valer sobretudo pela satisfação de termos à nossa frente alguém de quem gostamos e de sentirmos que quem está à nossa frente também se está a divertir. Foi mais ou menos assim o concerto dos Lemonheads na passada sexta-feira. O nosso amigo Dando entrou em palco já bastante bem aviado, e assim se manteve durante a cerca de hora e meia de duração do concerto. Falhou-lhe a voz e/ou a memória por um bom par de vezes, deu algumas notas ao lado, mas ninguém pareceu importar-se sobremaneira. Desde o momento em que chamou o público para a frente do palco (ou seja, para menos de um metro de distância do sítio onde ele estava) que se percebeu que estava muito boa onda no ar. E a boa onda manteve-se durante as vinte e tal pérolas pop/rock que foram desfiando, número ainda assim muito insuficiente para cobrir todas as preciosidades que os cabeças de limão nos têm dado desde há uns 20 anos - basta dizer que ficaram de fora clássicos como It's about time, Allison's starting to happen, One more time ou I'll do it anyway. Um mimo. Tenho algumas (pouquinhas) fotos, que aqui postarei quando encontrar o cabo de ligação do telelé ao PC...
Amanhã é mais um dia musicalmente prometedor. Concerto das CSS no Sá da Bandeira, com os X-Wife a fazerem a primeira parte na embalagem do novo e excelente Are you ready for the blackout?, sério candidato a disco tuga do ano.
Ficam dois aperitivos. O segundo é a actual música preferida do jovem Filipe, e também por isso tem tido alta rodagem lá por casa.
Tem bom gosto, o rapaz. Será genético?

(X-Wife: On the radio)

(Cansei de ser Sexy: Superafim)

20 setembro 2007

Tugas that kick ass: Mão Morta / Budapeste

Finalmente este clip voltou a ser visível.
Fico à espera que os gajos se dignem lançar o tão requisitado DVD com os clips destes 20 e tal anos, para poder voltar a ver coisas como o Chabala, o Anjos Marotos ou o Em directo para a TV.
Se entretanto quiserem saber o que está disponível, a própria banda tem a fineza de fazer uma lista aqui. Já agora, para quem gostar e se der ao trabalho, grande parte da actuação deles deste ano em Coura está no YouTube.



Melhor banda rock portuguesa de sempre. Period.

12 maio 2007

"Estou sujo, roído dos piolhos...

...os porcos quando olham para mim vomitam!"


Ontem fui ver, ao esplendoroso Theatro Circo, a estreia de Maldoror pelos Mão Morta. E o que é Maldoror, pergunta o desatento leitor? Ora bem, também eu (que lá estive) gostaria de saber responder de forma cabal. Mas posso dizer, sem mentir, que é uma espécie de adaptação sem forma definida da obra (que eu nunca li) do Conde de Lautréamont, pseudónimo de Isidore Ducasse. Pelo que li e me apercebi, a abordagem dos MM centra-se na ideia nuclear do livro, não tentanto acompanhar qualquer tipo de narrativa. E qual é a ideia nuclear? O mal, a repulsa, a indignidade, a recusa de quaisquer resquícios de autoridade, valores, ordem ou moral. Perversões sexuais, pedofilia, piolhos, matadouros, excrementos, sangue. Tudo isto, e muito mais, vai sendo recitado pelo nosso caro Adolfo, enquanto os 5 restantes elementos da banda o vão acompanhando musicalmente num registo rock próximo do habitual, cada vez mais permeado pela electrónica (como é patente nos últimos dois álbuns da banda e nos projectos paralelos de ACL, em especial os Mécanosphere). O centro do palco é ocupado por uma estrutura sobre a qual está pousada a bateria, e cuja base é o suporte de projecções de vídeo, muitas vezes captadas em directo pelo próprio Adolfo ou pelo arco do contrabaixo de Joana Longobardi. Os figurinos tranformam os 6 músicos em seres de esgoto, com escamas, pelos e pinças.

Dirá o leitor atento: rock, encenação de textos literários, sangue, sexo, anarquia, sujidade... qual é a novidade? Já não fizeram uma coisa parecida com Müller no Hotel Hessicher Hof? Já não ouvimos tudo isso desde há vinte e tal anos, em canções como Véus caídos, Aum, Charles Manson, Anarquista Duval, Bófia, Chabala, Amesterdão, Cão da Morte, Anjos Marotos, etc. etc. etc? Claro que sim. O que só nos garante que com Maldoror os MM estão no seu ambiente natural. Mas isto é também, porventura, a maior reserva que o espectáculo pode merecer: não estarão a dar uma grande volta para continuar falar do mesmo, apenas com uma superior caução literária?


Naturalmente, nada como ir ver (o que cá no Porto, pelos vistos, so vai ser possível em 2008...) . Entretanto, podem espreitar aqui se quiserem ter um cheirinho do espectáculo. Ou ler aqui uma entrevista com o poeta/performer/músico/jurista a quem alguém uma vez, num debate e falando a sério, chamou Dr. Luxúria. Fica-lhe bem.

05 maio 2007

Put your Wray Gunn to my head






+







=


Ray = Raio.
Gun = Arma.
Raygun = arma de raios; artefacto utilizado amiúde por alienígenas em filmes e séries de ficção científica posteriormente considerados/as "de culto".
Wray = Segundo nome do guitarrista Link Wray, percursor de múltiplas formas de utilização da guitarra eléctrica no rock (distorção, fuzz) a partir de meados dos anos 50. Morreu em finais de 2005.
Gunn = Segundo nome do personagem principal da série Peter Gunn, cujo tema-título (escrito por Henri Mancini) todos nós conhecemos e trauteamos de quando em vez, e que tem sido alvo de N versões. Talvez a mais conhecida seja a dos Art of Noise, com a colaboração do veterano Duane Eddy (e que além de tudo tem um belo clip). Também era um jogo para o ZX Spectrum, mas nunca cheguei a perceber como se jogava.
Wraygunn = Segunda melhor banda portuguesa da actualidade, que mistura surf-rock, soul, R'n'B, gospel e o que mais se lembrar num caldeirão irresistível. São liderados pelo grande Paulo Furtado, a.k.a. Legendary Tiger Man, a.k.a. "o chefe".
Tocam esta noite no Plano B, à Rua Cândido dos Reis, na Invicta, e trazem na mala o seu novo álbum, Shangri-la.
Programa imperdível, para depois do FCP-Nacional no Dragão e da francesinha no Degrau.

01 novembro 2006

Quote of the day - Mão Morta / 1º de Novembro

Um traço, um berço
Dois destinos que se cruzam na lonjura da distância
Erva fálica pelo caminho
Distúrbios, subúrbios

Automóveis ferrugentos desenhando o horizonte
Os paralelos asfixiam a alma
Solidão, saudade

Romagens, romaria aos queridos defuntos
Carcaças abandonadas ao passado
Lágrimas, fábricas

Tempo invernoso sublinhando a ausência
A música ouve-se triste
Solidão!
Saudade!
Romagens!
Romarias!
Solidão!
Saudade!
Queridos!
Defuntos!



Quantos mais 1os de Novembro passo, mais certeza tenho de que quero ser cremado. Mas calma, ó Grande Arquitecto... não tenho pressa.

13 agosto 2006

Silly Season 04

Como a silly season toca a todos, parece que anda por aí uma cabala destinada a fazer-nos crer que o inefável Cid, o tal que tapa as partes com discos de ouro, o tal que se proclama a mãe do rock português, o tal que gostava de ser o Elton John, o tal do macaco e da banana, o tal que diz que assinou alguns dos discos mais importantes da história do rock progressivo...
Dizia eu que parece estar em curso um plano, não sei idealizado por quem e muito menos com que intenções, de branqueamento do Cid. Ele é o Blitz, ele é o Y, ele é toda a gente a dizer que afinal o homem é um génio incompreendido a que a história começa a fazer a merecida justiça. Para que a memória não faleça e a história não seja coxa, convém todavia não esquecer alguns momentos protagonizados pelo artista. Infelizmente não se encontra o clip do macaco e da banana, mas há por aí, à disposição do mundo, momentos bem divertidos. Fiquem com uma aparição na nosa TV, a cantar em play back o Portuguesa bonita, e com um outro clip que nos dias de hoje podia dar cadeia .
Em baixo, e com merecido destaque, fica um dueto com alguém que não consigo identificar, prometendo alvíssaras a quem o fizer. A canção chama-se "A pouco e pouco (favas com chouriço)". Atentem especialmente em dois momentos e na poesia que lhes subjaz: a chegada ao escritório e a chamada telefónica. São de ouro!
E boas férias!

08 agosto 2006

Silly Season 02

Muitos eventos têm perdido, com o passar dos anos, a aura de grande acontecimento social, político ou cultural que tinham quando eu era miúdo, e infelizmente um deles é o Festival da Eurovisão (outro exemplo, em que a desaparição é todavia motivo de gáudio, são os inenarráveis Jogos sem Fronteiras, que me fazem sentir constrangido só de pensar que em tempos passei serões a ver aquilo). Até aos meus 11-12 anos, não perdia a apresentação diária dos 3 ou 4 clips de canções concorrentes, e toda a família seguia invariavelmente do princípio ao fim o espectáculo propriamente dito. Há pormenores que nunca se esquecerão, como saber de antemão que a Grécia e o Chipre se dariam mutuamente 12 pontos, ou a voz de Eládio Clímaco (quem mais poderia ostentar um nome tão improvável?) a anunciar a votação do júri do Luxemburgo.
A Eurovisão proporcionou momentos verdadeiramente atrozes, tanto do ponto de vista musical como do da encenação. Coisas de que as novas gerações provavelmente nem suspeitam. Ficam aqui algumas, para vosso deleite, obviamente sem descurar a produção nacional - que infelizmente não pode ser representada pela minha predilecta, a inesquecível Daili-dou, papagaio voa, cometida pelos Gemini. Fica a capa, e a informação de que o idiota de cima é o Tozé Brito e que as duas meninas viriam depois a integrar as Doce, com quem uns anos depois regressariam ao palco dos palcos com a igualmente marcante Bem Bom, que inauguraria o disco-malhão - género que desgraçadamente não viria a pegar, apesar dos esforços de Tonicha e de Marco Paulo.
Mas a estrela desta selecção é sem dúvida a inacreditável Dschingis Khan, depois da qual nada foi igual no Europop, e que como veréis trouxe à Eurovisão o Imperador Ming em pessoa - pessoa, ou lá o que é aquilo. Numa das maiores injustiças de que há memória ficaria apenas em 4º lugar, atrás de coisas como a insuportável pepineira vencedora Hallellujah (que mais tarde seria cantada pelo próprio António Sala) ou a espanhola Betty Missiego e as suas crianças. A única que chega aos calcanhares desta trupe teutónica é a vencedora do ano anterior: a eterna Abanibi (que na versão portuguesa se cantava "abanáqui qui faz calô").

Boas férias!

11 junho 2006

Pela estrada fora, eu vou bem sozinha...

Ainda não fui ver o filme, mas por aquilo que tenho lido quer-me parecer que o realizador de Hard Candy, que estreou esta semana, andou a ver às escondidas telediscos da melhor banda portuguesa.

Para quem não conhece, avisa-se que o clip deste Cão da Morte não tem bolinha vermelha. Tem vários salpicos vermelhos.


07 abril 2006

Quote of the day - Mão Morta / Maria, Oh Maria

Maria, no regresso a casa vi dois elfos a lutar,
Oh Maria, e dois outros a sangrar.
As trevas estão por aí, escondidas

À espera que eu apague a luz
Para se lançarem sobre mim.

A Classe de 70 celebra a sua banda portuguesa preferida,




e a chegada na volta do correio da edição em DVD do Muller no Hotel Hessischer Hof, com rapidez e a um preço popular!

20 fevereiro 2006

A minha Ex-Mulher é melhor que a tua

Boas notícias!
A melhor banda rock do Porto prepara o lançamento do ansiado segundo álbum, que ao que parece se chamará Side effects. Qualquer fanático de Bowie e de punchlines pensa imediatamente na frase do Station to Station que diz "it's not the side effects of the cocaine, I'm thinking that it must be love".
Eu penso, pelo menos.
O primeiro single chama-se Ping Pong, pode ser ouvido inteiramente grátis
neste local e é DO CARAÇAS!
Só para os mais distraídos: falo evidentemente dos X-Wife.