29 abril 2006

I gotcha!

Era uma questão de "quando", não de "se".
Ontem aprooveitei o dia aderente daquela cadeia de lojas amarela e branca e comprei um leitor de MP3 a sério. De 20G. Daqueles que levam 300 álbuns. Ou mais.
Archos Gmini 220, à vossa esquerda. Era o último na loja, Vi-o à tarde, fiquei indeciso e não comprei. Voltei lá quase à meia noite (não sabendo que loja estava aberta até às 3) e hoje acordei feliz.
Já é um modelo com 2 anos, e portanto tem um design completamente fora de moda, o que me agrada. Começam a irritar-me aqueles iPOD ultra-finos. Parece ser satisfatoriamente user-friendly e ter uma boa qualidade de som. Não tem grandes mariquices, mas custou o mesmo que um iPOD de 2G.
Yessss!

22 abril 2006

Quote of the day - Talk Talk / Today

Cover me with shades of disbelief
Can happiness be someone's else's dream
Numbers call to spell my name
Move about as values change
Catch me if you can, but don't delay
Today, today, it's a dream away


SERÁ HOJE?


20 abril 2006

Quote of the day - Divine Comedy / In and out of Paris and London

It is a far far better thing that I do now than I have ever done before
It is a far far better place that I go to than I have ever known before
My slap ’n’ tickle made her giggle
Made her wiggle like a willow tree
So I suggested, she protested,
I persisted, till she said "well, okay..."

And I said "wey-hey!"

Se todos os anos aparecesse um disco tão extraordinariamente descarado como este,



o mundo seria um lugar muito mais fresco, alegre, despreocupado e feliz.
E com muito mais sexo. Na banheira, no sofá ou na cozinha.

18 abril 2006

Got me a book, I want you to know


O Senhor Carteiro, que é um querido, deixou-me ontem este livrinho. Trata-se, como a capa talvez já vos tenha deixado antever, da história dos Pixies. Mas esta história é contada de uma forma diferente, porque o texto são praticamente apenas citações e excertos de entrevistas com os membros da banda e com gente que esteve ao lado deles enquanto a coisa durou e deu os resultados que todos sabemos. Falam uma série de músicos (Tanya Donnelly, Kristin Hersh, Beck, Billy Corgan, PJ Harvey, David Thomas, Liz Phair, J Mascis, Perry Farrell...), de produtores e donos de editoras (Norton, Albini, Ivo Watts-Russell) e muita mais rapaziada que eu não sei de onde vem, e muito menos para onde vai. Está dividido em 3 grandes capítulos, correspondentes aos inícios (antes de gravarem o Come on Pilgrim), à "golden age" (até ao Bossanova) e à queda (Trompe le Monde e fim), aos quais se acrescenta um encore relativo à reunião desde 2004.
Tenho que confessar que sou um "Johnny come lately" em relação aos Pixies. Só lhes prestei a devida atenção depois de eles terem acabado, muito por causa do "Here comes your man", que foi das primeiras músicas que ouvi e que achava (e acho) completamente banal. Irritava-me que os gajos dessa canção fossem comparados aos Sonic Youth, e criei uma resistência a ouvi-los. Só depois vi o que tinha perdido.
Vi-os finalmente há 2 anos em Lx, e estou a ponderar se vou ou não ao Pavilhão Atlântico no dia 20 de Julho. Gostava de ouvir outra vez aquele monte de banha careca a berrar "TAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAME!!" como nunca ninguém alguma vez berrou na história do rock não-metaleiro, de ver a Kim vestida de dona de casa a sorrir para o público ou de ouvir aquele "Rock me, Joe" a meio do Monkey gone to Heaven. Mas vê-los uma segunda vez em registo requentado também me chateia. Logo se verá.
Dos 4 extraordinários álbuns e um mini-álbum que os Pixies nos deixaram (sim, o Trompe le Monde também é um disco do caraças!), das 65 faixas que lá estão (sim, vou deixar de fora os B-sides), atrevi-me a fazer o meu top pessoal, que obviamente está sujeito a ser alterado todos os dias. Deixem o vosso.
11-20 (in no particular order) - Broken face; Vamos; Levitate me; Wave of mutilation; Monkey gone to Heaven; Is she weird; Stormy weather; Alec Eiffel; U-Mass; Letter to Memphis
10 - Planet of sound
9 - Hey
8 - River Euphrates
7 - Isla de encanta
6 - Gouge away
5 - Tame
4 - Velouria
3 - I've been tired
2 - Debaser
1 - Gigantic

14 abril 2006

Quote of the day - Magnetic Fields / Let's pretend we're bunny rabbits

Let's pretend we're bunny rabbits
Let's do it all day long
Rapidly becoming rabid
Singing little rabbit songs
I can keep it up all night
I can keep it up all day
Let's pretend we're bunny rabbits
Until we pass away

A Classe de 70, associada ao Coelhinho oficial, deseja ao seu vasto auditório uma Feliz e Santa Páscoa.


12 abril 2006

Quote of the day - The Cars / Just what I needed

I don't mind you hangin' out and talkin' in your sleep
It doesn't matter where you've been as long as it was deep, yeah
You always knew to wear it well, and you look so fancy I can tell
I don't mind you hangin' out and talkin' in your sleep
I guess you're just what i needed
I needed someone to feed
I guess you're just what I needed
I needed someone to bleed
Com toda a certeza a história da pop não verá os Cars como uma das maiores bandas de sempre, ou sequer da New Wave. Mas este single
e mais dois ou três (vocês sabem quais) justificam que quem os fez viva tranquilamente dos rendimentos o resto da sua vida.
Mas sem luxos e ostentações. A C-70 é contra isso.

09 abril 2006

Quote of the day - Frank Sinatra / My Blue Heaven

Whippoorwills call, evenin' is nigh

Hurry to my Blue Heaven
Turn to the right, there's a little white light
Will lead you to my Blue Heaven
Just Molly and me, and the baby is three
We're so happy in my Blue Heaven
We're happy in my Blue Heaven
We're happy in my Blue Heaven!
Palavras para quê?..

07 abril 2006

Adolfo e os sacanços

Adolfo Luxúria Canibal, o tal que dispensa apresentações, resolveu intervir numa discussão que nos ultimos dias tem animado a mailing-list dos Mão Morta: saber até que ponto os downloads a partir da net são uma usurpação ilegítima de direitos de autor, e portanto em que medida devem ou não ser civil e/ou criminalmente punidos.
Parece-me interessante dar a devida publicidade a este texto (ou melhor, à parte desse texto que se relaciona com este tema) até porque, como se sabe, ALC é simultaneamente músico e jurista, podendo dar-nos uma visão de alguém que está por dentro da indústria e que será capaz de a entender em diferentes perspectivas. Sublinha-se porém, a pedido do próprio, que se trata de "uma opinião ao correr da pena, para uma mailing-list de não juristas, sem preocupações de rigor técnico..."
A C-70 abre então um debate sobre os sacanços, o P2P e as formas alternativas de remuneração dos artistas como compensação pela perda de receitas de venda.

"(...) Isto levanta outra questão, que é a de saber se os bens imateriais ou intelectuais ou de cultura ou como lhes queiram chamar devem ser objecto de comércio ou devem ser partilhados gratuitamente por toda a humanidade. Eu pessoalmente acho que devem ser partilhados, ao mesmo nível que os bens materiais: as casas, os automóveis, os terrenos, etc. Mas enquanto uns
ganharem dinheiro a construir ou a vender casas, os outros têm o mesmo direito de ganhar dinheiro a compor e a vender canções!
Isto leva-nos ao Sr. Armstrong. A entrevista a que aqui se fez referência é pura demagogia. Ele é representante de uma indústria e defende pura e simplesmente os interesses dessa indústria. Não defende os autores, os músicos ou a música portuguesa, nem directa nem indirectamente, contrariamente ao que pretende fazer crer. E o interesse dessa indústria é vender muitos discos novos no mais curto espaço de tempo e com o máximo de lucro. Para isso apoia-se em música descartável, criando apetites imediatos sucessivos.
A internet, ao permitir que o apetite criado seja satisfeito gratuitamente, e também sucessivamente, ao ritmo dos apetites, e sendo a música assim consumida maioritariamente descartável, isto é, não susceptível de paixão duradoura, isso salda-se para a indústria num enorme vazio de vendas - exactamente na área que tradicionalmente lhe dá mais lucro. Efectivamente, se a música não fosse descartável, a internet funcionaria antes como um poderosíssimo meio de divulgação - e as pessoas que fizessem download iriam a seguir comprar o disco, quando tivessem dinheiro ou oportunidade, porque queriam ter aquele disco. Assim não, ouvem, saciam-se, desinteressam-se e passam para o apetite seguinte criado pela indústria...
Quanto ao chicote do Sr. Armstrong, quero ver que tipo de actuação legal a indústria vai empreender - não estou a ver como, com a actual legislação portuguesa, podem incriminar particulares pelo P2P...Não é ilegal partilhar música; e seria absurdamente imoral se se punisse uma partilha de música que, por hipótese limite, nem sequer estivesse à venda no mercado discográfico. Qual o objectivo da punição? Que interesse colectivo defendia, se nenhum interesse, nem mesmo particular, tinha sido ameaçado ou violado?
Por exemplo, nas últimas semanas interessou-me estudar o underground nova-iorquino da década de 70: onde mais poderia ter encontrado música de Gang War, Dead Boys, Neon Boys, Dictators, Wayne County, Heartbreakers, Johnny Thunders, etc, senão na net? Mas mesmo que houvesse discos nas lojas (que não há), teria que comprar tudo para ter a panorâmica que me interessava? Mesmo havendo coisas que não me interessava ter, mas que só o saberia depois de as ouvir? Se esta minha busca na internet fosse interdita e punível, o que acontecia? Eu não ia, como respeitador que sou... O que ganhava a indústria? Nada! O que ganhava o país? Nada! O que ganhava eu? Nada! E isto mesmo tratando-se de discos que, por suposição, existissem nas lojas - afigurando-se o desejo de uma panorâmica do underground nova-iorquino como um empreendimento financeiramente megalómano, eu desistia imediatamente dele. Ganhava-se alguma coisa? Nada!
Enfim, podia continuar, nomeadamente sobre os direitos de autor a pagar pelos servidores de acesso à internet, mas já devem estar fartos de me ler... Acho que já dá para terem uma ideia da minha posição, susceptível de ser contrariada por melhor opinião.
Um abraço,
Adolfo LC"

Quote of the day - Mão Morta / Maria, Oh Maria

Maria, no regresso a casa vi dois elfos a lutar,
Oh Maria, e dois outros a sangrar.
As trevas estão por aí, escondidas

À espera que eu apague a luz
Para se lançarem sobre mim.

A Classe de 70 celebra a sua banda portuguesa preferida,




e a chegada na volta do correio da edição em DVD do Muller no Hotel Hessischer Hof, com rapidez e a um preço popular!

02 abril 2006

Quote of the day - Los Planetas / El artista Madrilista

Me explicó con detalle la situación,
acento argentino, oro en el reloj
"En cuanto llegues al área te vas a dejar caer"
que controlo el hemisferio norte, ya lo ves.
Porque ya está aquí el artista madrilista,
que los árbitros le pitan casi siempre a favor.

Em noite de Barcelona-Real a Classe de 70 lembra como o rock e a bola por vezes se cruzam, e evoca a visão porventura demasiado apaixonada de uma banda assumidamente blaugraná,


para quem o futeboleiro fiteiro do clube odiado (Valdano? Redondo? Solari?) serve de metáfora para as desilusões da vida.
Aproveitamos, a talhe de foice, para desejar aos membros da banda (e de uma forma geral a todas as pessoas de bem) uma grande alegria na noite de quarta-feira