31 janeiro 2007

Howe Gelb @ Theatro Circo

Braga rula. Hoje há outra vez Circo, novamente às 21.30 e com bilhetes a preços populares.
Há coisa de ano e meio vi os Giant Sand na Casa da Música. Foi o melhor concerto que vi nesse ano, e dos melhores dos últimos tempos. Até comprei a T-shirt.
Além de ser praticamente tudo nos Giant Sand, Howe Gelb é talvez o músico mais importante no aparecimento da onda americana, ou alt-country, ou como prefiram chamar-lhe. Como não podia deixar de ser, lá vou eu.

30 janeiro 2007

Quote of the day - Beck / Devil's haircut

Somethings wrong 'cause my mind is fading
Ghetto-blasting disintegrating
Rock 'n' roll, know what I'm saying
And everywhere I look there's a devil waiting
Got a devil's haircut in my mind



Fui cortar o cabelo e lembrei-me do Sr. Hansen e de um dos melhores discos de 1997.
E aproveito para fazer uma pequena sondagem C-70: qual o melhor disco do Beck? Eu voto neste Odelay, ainda que muito hesitantemente.

Quem assim canta a TV espanta

A primeira aparição na TV de uma das melhores bandas dos últimos 20 anos. Pronto, de uma das minhas bandas preferidas dos últimos 20 anos. Não se pode dizer que tenha corrido muito bem.
O Grande Macaco mostrou desde cedo porque é que, muitos anos depois, as suas performances vocais ao vivo seriam objecto de lendas. Diz quem viu (eu não vi) que em Vilar de Mouros/96 o homem cantou que se fartou.

27 janeiro 2007

É só para lembrar...

...que hoje há festa.
Eu e o advogado do diabo vamos estar no Radio a animar a malta com uma fina selecção de clássicos dançáveis, das melhores castas de entre 1954 e 2007. Soul, punk, rock e pop, girl-groups e boys-bands, alfinetes de ama e gravatas ska, de Brixton à Rua do Carmo passando por Echo Beach, meninos negros que se transformam em senhoras brancas e rapazes brancos que cantam como se fossem senhoras negras.
Só não se diverte quem não quer.

25 janeiro 2007

Micah P. Hinson@Theatro Circo

É hoje, às 9.30.
O tipo com cara de miúdo e voz de crooner leva o country-noir a Braga.
Eu bou ber.

21 janeiro 2007

Discos Perdidos 06 / Jonathan Richman - I, Jonathan (1992, Rounder)

Jonathan Richman é o que todos gostaríamos de ser: simpático, de bem com a vida, divertido, descontraído, inteligente, bom compositor, descomplexado, cool. Ou pelo menos um tipo de quem gostaríamos de ser amigos, que gostaríamos de convidar para jantar, com quem gostaríamos de ir beber um copo ou ver um concerto e conversar sobre coisas que interessem pouco ao destino do mundo. É um tipo porreiro. Ou pelo menos é o que parece. Basta olhar para a foto da capa.
Depois de ter sido a alma dos Modern Lovers, uma das melhores e mais influentes bandas da primeira vaga do proto-punk nova-iorquino, JR iniciou uma carreira a solo que tem tanto de diversificada como de errática. Do garage-pop para o country, dos ritmos mais latinos à balada amorosa, o homem fez de tudo. Normalmente bem, mas (como toda a gente) algumas vezes melhor do que outras. Até deu uma perninha no cinema: pouxem lá pela cabeça e vejam se não se lembram do bardo do "Doidos por Mary", que ia apresentando a história? É ele mesmo.
I, Jonathan foi lançado em 1992, o momento do crossover entre o alternativo e o comercial com a bomba Smells like teen spirit e a explosão do grunge, a que se seguiria pouco depois a do britpop. Correntes associadas a bandas que passavam por alternativas, mas que vendiam que nem pão-de-ló, e que normalmente escreviam sobre temas caros aos adolescentes: neuroses, desemprego, depressões, males de amor, complexos de adolescentes, I'm so ugly, She's so high, I'm your Zero e patatipatata. Nessa altura, Jonathan Richman fez o que tinha a fazer: continuou o seu caminho sem se importar com o último grito da moda. Apareceu com um disco num registo completamente lo-fi, mas sem quaisquer pretesões arty, que parece gravado na cave de algum amigo, com canções simples sobre coisas simples. O disco abre com uma linha de baixo que traz imediatamente à memória o Summer Nights cantado muitos anos antes por Olivia e Travolta, e nessa canção faz-se imediatamente o manifesto de intenções: “Hi everybody! I'm from the 60's, the time of Louie Louie and Little Latin Lupe Lu. And I know we can't have those times back again, but we can have parties like there were then. We need more parties in the USA!” Afinal, não é isso que interessa?
O disco desfia continuamente pequenas pérolas, entre homenagens à maior de todas as bandas (“How in the world were they makin’ tht sound?... Velvet Underground!”), apelos à paz no mundo e no lar (“You can't talk to the dude and that's no longer in style, you can't talk to the dude, no this no es normal.") e memórias da juventude (“Oh, the ancient world was in my reach from my Rooming house on Venice Beach”). Mas há dois momentos claramente superiores. O primeiro, que podem ver aqui em baixo numa versão ao vivo, é a genial I was dancing in a lesbian bar, uma das canções mais uplifting dos anos 90. O segundo é talvez a melhor canção que este senhor jé escreveu (e a concorrência é forte), e chama-se That summer feeling. Nem sequer vou tentar descrevê-la, porque é demasiado perfeita. Ouçam-na, se quiserem. Esta manhã estava a ouvir este álbum e apareceu lá por casa um amigo que tem a sorte de ter o maxi-single dessa maravilha. E disse que esse vinil, o último que teve depois de centenas de vinis comprados, emprestados e gamados no Corte Inglês (de Vigo) entre os 10 e os 25 anos veio fazer a síntese final de todos os outros. Belas palavras... but I guess that’s why they call him an artist!
Mas chega de tretas sobre este Peter Pan do Rock'n roll. Descubram-no e entrem na sua Neverland.
PS - A ideia de fazer este post veio de dois posts em blogs amigos. O primeiro foi este, no recente (e muito promissor) April Skies. O segundo foi este, em que (apesar de a discussão que se seguiu ter descambado para outras coisas) o Sr. Capitão falava de bandas de que toda a gente gosta. Depois de ouvirem este disco, vão perceber que é impossível não gostar dele.

16 janeiro 2007

classe_de_70@radio_bar

Desta vez é ao sábado. E não vou estar sozinho.

12 janeiro 2007

Quote of the day - Triffids / Bury me deep in love (1987)

You may lose me on the east face
You may lose me on the west
I may be covered over in the night
Bury me deep in your love, yes!
Bury me deep in love, bury me deep in love
Take me in, hide me under your skin, bury me deep in love



.. porque a pop perfeita existe, mesmo vinda lá do outro lado do mundo.

10 janeiro 2007

Fun, fun, fun

Os Ok Go não são nada de especial. São uma banda de punk-pop de Chicago com meia dúzia de canções engraçadas, mas que me quer bem parecer que não mudarão a história da música popular. Nem nada que se pareça. Mas podem-se gabar de dois dos clips mais divertidos dos últimos anos. Não é tudo, mas podia ser pior.
Aqui em baixo podem ver o fantástico Here it goes again. E em achando graça, aproveitem a borla e vejam aqui o A million ways.

Se quiserem mais risota, vão à página da banda e vejam o Ping pong instructional video. Vale a pena.

08 janeiro 2007

Just a mortal with potential of a Superman

É lixado. Por muito que tente, e depois de vinte e tal anos às voltas com os dicos do homem, não consigo dizer que haja uma música preferida do meu cantor/compositor/artista preferido. Dos Velvet sou capaz de dizer que é o What goes on, como dos Joy Division é o New dawn fades. Dos Clash o Guns of Brixton, e dos Pixies o Gigantic, dos Sonic Youth o Mote, dos Pavement o We dance ou dos Stone Roses o Made of Stone. Do Bowie não consigo. Há muitas.
Em tempos foi o Rock'n roll suicide, noutros o Starman, noutros o Heroes, noutros o Life on Mars. E há mais candidatas: Space Oddity? Cygnet Committee? Quicksand? Queenbitch? Five Years? Lady Stardust? Time? Rebel Rebel? Young americans? Scary monsters? Sons of the silent age? Beauty and the beast? Look back in anger? Always crashing in the same car?
Por uma questão de saturação, já não consigo sentir o mesmo que há 20 anos quando ouço coisas como o Heroes. Por muito boas que sejam, um gajo cansa-se. Daí que não esteja nenhum greatest hit na minha lista de 6 favoritas - escolher seis foi o melhor que consegui. Por razões mais ou menos subjectivas, as que mais me fazem cantar, dançar, rir ou chorar são, por ordem cronológica (e com link para os clips, quando disponíveis):
Bewlay Brothers (Hunky Dory, 1971). Ninguém percebe exactamente de que é que ele fala, mas pouco interessa. De memórias de infância, do seu irmão Terry, da cumplicidade entre crianças e amigos, de fisgas e de piratas. Sempre que a ouço tenho saudades da casa da minha avó em Entre-os-Rios, onde passei muitos fins de semana e férias até aos meus 10 anos. De andar pelo monte e de esfolar os joelhos. I might just slip away.
Moonage Daydream (Ziggy Stardust, 1972). Talvez uma escolha bizarra para um top 6, mas é uma das poucas canções que ouço desde os 14 anos exactamente com o mesmo gozo. A quintessência do glam-rock, muitas vezes citada mas nunca igualada. Don't fake it, babe, lay the real thing on me!
Sweet Thing + Candidate + Sweet Thing (reprise) (Diamond Dogs, 1974). Tecnicamente 3 canções mas de facto uma só. Uma história de amor assombrado e impossível, de dependência extrema (guess why...), com o homem a cantar como nunca mais cantou. Por muitas drogas que andasse a tomar, parece gravado por um extraterrestre. Arrepia. Demais, demais, demais!
(Trivia: foi daqui a primeira "quote of the day" da C-70.)
Station to station (Station to station, 1976). Se não me engano, a canção mais longa da longa carreira do senhor, e mais uma com um significado obscuro. Começa com uma locomotiva a arrancar, reminiscência dos tempos em que por uma paranóia induzida por um sonho o homem se recusava a andar de avião. Tem lá dentro 3 canções diferentes, à la Bohemian Rhapsody, e um dos versos mais geniais do rock'n roll: it's not the side effects of the cocaine, I'm thinking that it must be love. Woooooooaaaah!
Be my wife (Low, 1977). Já disse aqui o que penso desta canção. Mais para quê?
Teenage wildlife (Scary Monsters, 1980). Quando criei este blogue estive para lhe chamar "(I'm not a piece of) teenage wildlife", mas depois achei demasiado comprido. Seja como for, esta é em absoluto uma das minhas canções preferidas , um épico em cinemascope sobre a fama e a fortuna, que deve muito à guitarra milagrosa de Robert Fripp.
Encerram-se oficialmente as comemorações do 8 de Janeiro com o vídeo de um dos momentos mais peculiares da história do rock: a 3 de Julho de 1973, no final do último concerto da digressão e sem avisar o resto da banda, anuncia em directo que Ziggy Stardust morreu: "that's the last show that we'll ever do". A seguir tocou Rock'n roll suicide. Como se diz no final do The Maltese Falcon (frase que os Human League viriam a copiar algumas décadas depois), "that's the stuff that dreams are made of".
E mais não digo. Parabéns, que sejam muitos e bons. Ele merece.

A criação do mundo

Diz que foi assim que tudo começou.

Muito obrigado, por tudo.

The Kings were born

8 de Janeiro de 1935: nasce em Tupelo, Mississippi, Elvis Aron Presley. Se não tivesse morrido em 1977, completaria hoje 72 anos. É o Rei.
8 de Janeiro de 1947: nasce em Brixton, sul de Londres, David Robert Jones, que a partir de 1966 passaria a ser conhecido como David Bowie. Faz hoje 60 anos. Também é o Rei.
A C-70 inicia a sua singela homenagem aos Reis recordando duas grandes canções de duas das suas bandas preferidas que homenageiam os locais que os viram nascer.

Nick Cave, "Tupelo" (Live 1994)

The Clash, "Guns of Brixton" (live)

06 janeiro 2007

Pela amostra...

...parece que 2007 vai ser um ano como deve ser.

Já anda por aí há algum tempo o futuro Bloc Party, chamado A weekend in the city. Ainda não o ouvi com a atenção que merece o sucessor desse colosso chamado Silent Alarm, mas tenho gostado bastante do que tenho ouvido - ao contrário da maioria das críticas, quase unânimes no bota-abaixo. Parece-me que vai ganhando com cada nova audição e à medida que vamos conhecendo as canções, tal como acontecia com o seu antecessor, longe de ser um disco imediato (embora hoje me pergunte como é que não me entrou logo). Se é um sucessor digno ou não, logo se verá.

Mais recentemente, apareceu no ar o futuro LCD Soundsystem, que pelos vistos se chamará Sound of Silver. E bem se podia chamar Sound of Platinium, porque está potentíssimo. Não quero ser precipitado, mas parece-me melhor do que o anterior, e desde já um forte candidato ao caneco de 2007. Não por acaso, uma influente figura do rock tuga dizia no Fórum Sons que este era o melhor disco de... 2006. Entre piadas a quem pensa que eles são ingleses e declarações de amor a NY, o rapaz James lá vai arrancando umas pestanas, e a gente vai batendo o pé.

Neste preciso momento estou a ouvir o disco de estreia dos Grinderman, de que já tinha falado há uns meses. Estas coisas precisam sempre de algum tempo para amadurecer, mas há uns anos que a primeira audição de um disco deste homem não me soava tão bem. E isso é muito reconfortante. Não há propriamente uma mudança de estilo em relação ao que fazia com os Bad Seeds, nem um regresso radical à atitude blues hardcore do início de carreira, mas parece ter bem mais "guts" do que as últimas coisas feitas pelo cavalheiro Nicholas Edward Cave. And that's the way we like him.

Mas há mais. Está para breve o álbum dos The good, the bad and the queen (pergunto-me quem será quem), o novo devaneio de Damon Albarn, agora com o baixista mais cool da história do rock (sim, o que aparece a partir o instrumento - salvo seja - na capa do London Calling) e Tony Allen, o baterista de Fela Kuti que se diz ter sido o inventor do afrobeat. É um dos discos mais antecipados dos últimos anos, o que normalmente não joga muito a favor da recepção que acaba por ter (aposto que vai ter 5 estrelas na Uncut, vai ser apregoada como o disco salvador do Sec. XXI, e depois ninguém se vai lembrar dele nas listas de fim de ano). Por mim, espero que seja melhor do que prometem os dois singles de estreia, que ainda não me convenceram. Cheira-me a muito hype e pouca uva. Também estão para chegar (literalmente a chegar, if you know what I mean) os novos dos Air e da simpática Carla Bruni. Em teoria, pelo menos, parecem ser boas notícias. Let's wait and see.

Bom dia de Reis para todos.

03 janeiro 2007

Put your raygun to my head

Um moço a quem, assim como assim e apesar de tudo, acho que posso chamar meu amigo, deu-me neste Natal uma prenda verdadeiramente fora de série.
Red Rocket 7 é um comic que conta a história de um grupo de clones de um extraterrestre fugido do planeta Celeston, que vêm parar à Terra fugindo dos malvados e imortais Enfenites. Um desses clones, o n.º 7, descobre por cá uma grande sensibilidade acústica e musical, e acompanha toda a história do rock. Começa por apanhar uma boleia do Little Richard, torna-se músico de sessão do Elvis, fica amigo dos Beatles ainda nos tempos de Hamburgo, é a verdadeira causa da morte do Brian Jones na piscina, e no ponto em que estou (a meio do 4º fascículo, sendo sete no total) acaba de se tornar grande amigo do Mick Ronson, guitarrista dos Spiders from Mars.
Ziggy Stardust meets Flash Gordon meets The great Rock'n roll Encyclopedia meets Onde está o Wally. Do Elvis aos Pixies, do Iggy aos Minor Threat, dos Led Zeppelin à Courtney Love, estão lá todos. Check it out, aqui em baixo. O nosso herói é o que toca guitarra, mas ao contrário do outro (o quarto à sua esquerda), he plays it right hand.
É FA-BU-LO-SO!


Obrigado, pequenino. Sete estrelas!

02 janeiro 2007

Prémios da Grande Gala C-70

Feita a escolha do disco do ano e passadas que estão as festas, é altura de a C70 dar a conhecer os outros eleitos de 2006. Todos estarão presentes na Grande Gala C-70, que terá lugar no campo do Padroense Futebol Clube (ou, em alternativa, no parque de estacionamento do LIDL do Seixo), em data a anunciar.
Chega de suspense, vamos conhecer os laureados:

Álbuns nacionais

1 - X-Wife / Side effects
2 - Linda Martini / Olhos de Mongol
3 - Legendary Tiger Man / Masquerade
4 - Dead Combo / Quando a alma não é pequena
5 - Balla / A grande mentira

25 malhas de 2006, sem ordem exacta

Primal Scream / Country girl
Camera Obscura / Lloyd, I'm ready to be heartbroken
Scissor Sisters / I don't feel like dancing
Pipettes / Pull shapes
X-Wife / Ping-pong
CSS / Let's make lofe and listen to death from above
Gnarls Barkley / Crazy
Basement Jaxx / Take me back to your house
Rapture / The devil
Killers / Read my mind
Femme Fatale / Berlin
Balla / Outro futuro
Elefant / Lolita
Sonic Youth / Incinerate
Lemonheads / Rule of three
Eagles of Death metal / Cherry Cola
Lily Allen / Smile
Wolfmother / Woman
Yeah yeah Yeahs / Cheated Hearts
Spinto Band / Oh Mandy
Peter, Bjorn & John / Young folks
Raconteurs / Steady, as she goes
Kasabian / Shoot the runner
Cat people / Mexican Life
She Wants Revenge / Tear you apart

Prémios especiais da Grande Gala C-70

Prémio "nos juniores era muito bom" - Adam Green
Prémio "esperaba un poquito más de ti" - Strokes
Prémio "quero lá saber que seja azeiteiro ou que o Mike Patton não goste" - Wolfmother
Prémio "para quem faz versões de Lionel Ritchie, tens a mania que és esperto" - Mike Patton
Prémio "levados ao colo" - TV on the Radio
Prémio "e ainda por cima canta!" - Lily Allen
Prémio "o que é que eu não percebi?" - Celebration & Final Fantasy, ex-aequo
Prémio "não batam mais no ceguinho" - She Wants Revenge & Killers, ex-aequo
Prémio "tanta bala perdida" - My Chemical Romance & Luís Filipe Vieira, ex-aequo
Prémio "OK, a gente explica outra vez como se faz" - Lemonheads & F.C.Porto, ex-aequo