Um concerto pode ser mais do que uma oportunidade para ouvir música(s) em boas condições acústicas e disfrutar dos dotes técnicos dos executantes. Aliás, um concerto pode-nos deixar felizes independentemente destes factores, e valer sobretudo pela satisfação de termos à nossa frente alguém de quem gostamos e de sentirmos que quem está à nossa frente também se está a divertir. Foi mais ou menos assim o concerto dos Lemonheads na passada sexta-feira. O nosso amigo Dando entrou em palco já bastante bem aviado, e assim se manteve durante a cerca de hora e meia de duração do concerto. Falhou-lhe a voz e/ou a memória por um bom par de vezes, deu algumas notas ao lado, mas ninguém pareceu importar-se sobremaneira. Desde o momento em que chamou o público para a frente do palco (ou seja, para menos de um metro de distância do sítio onde ele estava) que se percebeu que estava muito boa onda no ar. E a boa onda manteve-se durante as vinte e tal pérolas pop/rock que foram desfiando, número ainda assim muito insuficiente para cobrir todas as preciosidades que os cabeças de limão nos têm dado desde há uns 20 anos - basta dizer que ficaram de fora clássicos como It's about time, Allison's starting to happen, One more time ou I'll do it anyway. Um mimo. Tenho algumas (pouquinhas) fotos, que aqui postarei quando encontrar o cabo de ligação do telelé ao PC...
Amanhã é mais um dia musicalmente prometedor. Concerto das CSS no Sá da Bandeira, com os X-Wife a fazerem a primeira parte na embalagem do novo e excelente Are you ready for the blackout?, sério candidato a disco tuga do ano.
Ficam dois aperitivos. O segundo é a actual música preferida do jovem Filipe, e também por isso tem tido alta rodagem lá por casa.
Tem bom gosto, o rapaz. Será genético?
(X-Wife: On the radio)
(Cansei de ser Sexy: Superafim)
1 comentário:
acho que o gosto é discutível.
estou é a 100% com a tua ideia de concertos. se queremos ouvir na perfeição e com todas as pérolas técnicas, ouvimos o disco em casa e ficamos felizes. estar num concerto é muito mais que isso, é partilhar a alegria e a emoção com mais umas centenas de pessoas, todos no mesmo ritmo e com uma coisa em comum: o gosto pela banda. é saltar, dançar, 'moshar', tudo aquilo que fazemos num concerto, é conhecer melhor a personalidade dos músicos, é vê-los darem tudo de si (quando dão), e fazer parte de algo. interacção.
daí que os interpol, por exemplo, pequem um pouco ao vivo, mas por outro lado não têm aspirações a serem 'stage-monsters'.
nada como um bom concerto tresloucado, right?
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