11 maio 2009

25 abril 2009

Classe de 74

Entre os Sheiks e o Huambo, este rapaz acabou por ficar para a história pelas melhores razões.

21 abril 2009

Revolution Rock

Do António Mafra ao Zeca do Rock, da Anamar aos Zen, do Anzol ao Zumba na Caneca, do Anel de Noivado ao Zuvi Zeva Novi, da Rosete ao Velho Luís, dos 40º à sombra ao Se cá nevasse, dos dias Atlânticos às noites de Budapeste, do distante Cairo a Grândola, vila morena...


este ano a revolução faz-se no Rádio Bar, numa noite 100% made in Portugal.
Vai ser uma noite de arrebimba o malho. Já diz o povo, e com razão, que "bonito bonito, são as cantigas do Tozé Brito".
Mas esta também não está mal:

17 abril 2009

nothing to be sad about, and still...

Hoje a recordação é de 2001, e salta de um álbum menor da banda dos pregadores loucos. Ando a cantar isto desde que acordei. Mas por nenhuma razão especial, acho.

Bom fim de semana. Lembrem-se: mais vale um coelho na cartola do que um pontapé nas costas.

15 abril 2009

Manch-Eaters

É hoje, carago...


The Stone Roses - This is the One

10 abril 2009

Manch-Easter

Yupi-yupi-yay-yay-hey-hey-hey
I have to crucify some brother today
Ao que dizem as escrituras, há coisa de 1976 anos um tal Pilatos entusiasmou-se enquanto trauteava uma canção dos Happy Mondays, talvez por causa de uma pastilha de Ecstasy marada. O resultado foi o que se sabe.
Felizmente, passados uns dias vieram os Stone Roses salvar a sutuação.

08 abril 2009

2009, Ano Mariano

Desde ontem que ando a trautear um dos maiores singles do séc. XXI, mas com uma letra diferente.
maaaaaaaaaaaa-ri-a-no
gon-zaaaaaaaaaaaaaa-lez!!!!!!!!!!!!!!!!

03 abril 2009

although I know of no crime, it's the same

Numa demonstração de verdadeiro serviço público, a C-70 dá a 90% dos adeptos de futebol portugueses a oportunidade que os tribunais lhes retiraram: a de no dia de hoje gritarem 'Guilty' enquanto dançam e saltam.

É uma chatice, isto de as acusações terem que ser provadas mesmo quando 'toda a gente' sabe que são verdadeiras.
Bom fim de semana.

01 abril 2009

under the April sun

Há basicamente uas hipóteses para um post no dia um de Abril: ou inventamos qualquer grupe, tipo um concerto de alguém que desejássemos desesperadamente ver por cá, ou nos limitamos a saudar o novo mês e os seus céus azuis. Eu optei pela segunda via.


The Jesus & Mary Chain - April Skies




Sun grows cold, sky gets black
and you broke me up and now you wont come back
Shaking hand, life is dead,
and a broken heart, and a screaming head
hey, hey

26 março 2009

a minha cover é maior do que a tua

No próximo sábado (28 de Março) este vosso camarada vai cumprir um desejo antigo. Os Undercover DJ's, essa mini trupe lúdico-circense na qual orgulhosamente se integra, vão fazer uma sessão (di)versões no bar que durante muitos anos foi uma espécie de minha segunda casa nas noites de fim de semana. Nada menos do que no Mercedes.

Quem já esteve nestas sessões sabe o que o espera: uma noite inteira de versões. Imaginem, só por absurdo, o que seria se os Dandy Warhols resolvessem fazer versões dos Blondie, os Detroit Cobras se lembrassem de fazer uma cover dos Strokes ou se os Duke Spirit se pusessem a cantar coisas dos Love. E agora pensem que isto é mesmo a sério. E mais: que até saímos da letra D, e resolvemos ir do Adam Green até aos Zoot Woman.

Vai ser do bom e do bonito, como as canções do Tozé Brito. Apareçam.

E fiquem lá com esta, só para não pensarem que eu estava a brincar.




20 março 2009

once upon a time, not too long ago...

...we took a day out in Manchester,
and we all fell down, there's not enough hours in the day.

Gomez - Whippin' Piccadilly (Turbo Version)


Há 5 anos o jogo em Manchester entrou directamente para o top-10 das melhores memórias futeboleiras de sempre. A ver como é desta vez...
Bom weekend para tutti quanti. Aproveitem o sol enquanto dura.

13 março 2009

radio on

Amanhã o Radio Bar comemora 4 anos. Pensando em algumas coisas parece que já foi há mais tempo, pensando noutras parece que ainda foi ontem. É pena que o medo de assaltos e de violência, a proliferação de gunagem, e mais recentemente o fenómeno hype da zona envolvente dos Leões tenham afastado da Ribeira e da Alfândega quem costumava ir lá. Mas estou convencido que mais cedo ou mais tarde se regressará à normalidade, e que a zona mais bonita da cidade retome o seu papel como palco principal da vida nocturna.
Como aniversário é dia de festa, amanhã o Radio faz a festa convidando alguns dos DJs que por lá passam, com mais ou menos frequência e mais ou menos amadorismo, desde há uns anos. Os manos anfitriões Tony the Pony e Mr. SeXXXy Love, o Puto, o Atari666, as Double Js, a juris-dupla maravilha Sonic Nights, John the Revelator, os Fritus Potatoes Suicide e alguns outros, entre os quais este vosso amigo. Apareçam, que vai ser festa da rija.
E agora uma pergunta de algibeira: qual foi a primeira música a bombar nas colunas do Radio na noite em que abriu ao público?
Foi esta.

Bom fim de semana.

12 março 2009

the boyz are back in town

O sol está a brilhar, está calor e ouvem-se passarinhos a cantar. Hoje o dia começou bem, quase tão bem como acabou o de ontem.
Pode não ser exactamente a classe de 87 nem a classe de 2004, mas os nossos moços mostraram a fibra de que são feitos os campeões. Depois de alguns passos em falso, depois de 180 min. de sofrimento vivido in loco, depois de algumas unhas a menos, estamos nos quartos. Nos 8 melhores. Na elite.
Os rapazes estão de regresso. E até sinto vontade de azeitar um bocadinho.
Take it away, Phil!

09 março 2009

O que é preciso é estilo

Na sexta feira, e após um jejum de alguns anos, os Mão Morta voltaram ao Porto. Adolfo Luxúria Canibal recordaria, mais para o fim, que foi aqui que os MM começaram a pisar os palcos. E este vosso amigo pode gabar-se de os ter visto, salvo erro nos idos de 1985, num concerto/concurso encabeçado pelos GNR em que 6 novas bandas se mostravam à cidade. Creio que os vencedores foram os Bramassaji, de que se calhar alguns ainda se lembram.
Desta vez o palco foi o do Sá da Bandeira, onde já os tinha visto aquando da digressão do Primavera de Destroços (cada vez mais, talvez o meu disco favorito da banda). O concerto integrou-se na digressão Ventos Animais, que comemora os 25 anos destes pândegos bracarenses, e de cuja abertura já vos tinha dado conta neste post.
Ao contrário do que acontecera aí, desta vez não houve cadeiras, o que só por si seria uma considerável mais valia. O à-vontade que nos dá a posição vertical terá contribuído para o grande ambiente que se viveu entre a banda e o público, culminado pelos dois encores com que os MM brindaram a audiência. Um primeiro com Anjos de Pureza, Charles Manson e Anarquista Duval, e após muita insistência o momento de verdadeira catarse, apoteose ou como caraças lhe quiserem chamar, com o mais-que-clássico Oub'lá.
O alinhamento principal abriu com a pérola que dá nome à tournée, e não diferiu muito do apresentado em Barcelos e que será apresentado ao longo da digressão. E se depois, Barcelona e Vamos fugir foram talvez os momentos mais empolgantes, mas o concerto foi uniformemente excelente, mostrando uma banda no domínio completo do som e da sala. Cinco músicos que fazem rock como não há igual no nosso país, e um frontman que apesar de não cantar muito, concentra em si todas as atenções com uma presença em palco fortíssima.
Aqui em baixo podem ver um slideshow com algumas das soberbas fotos do concerto tiradas pela Joana Saramago, a quem a gerência deste tasco agradece penhoradamente. Se quiserem ver mais, bem como outros álbuns igualmente bons, vão aqui que vale a pena.

05 março 2009

Doom Vigilantes

Hoje estreia um dos filmes que mais tenho aguardado nos últimos tempos, que adapta ao cinema uma das mais célebres e conceituadas novelas gráficas (é como as pessoas finas hoje em dia chamam aos comics) de sempre: Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons. Entre vários enredos principais e secundários, fala-nos de um grupo de vigilantes reformados (ou quase), sob uma ameaça misteriosa num 1985 alternativo em que a 3ª guerra mundial está iminente. A accção principal desenrola-se a partir do assassínio de um deles, e é permanentemente pontuada por flashbacks e por mudanças no narrador. Além disto, é ocasionalmente salpicada por um "comic dentro do comic", um livro de piratas que um rapaz lê continuamente, sentado no chão e encostado a uma banca de revistas, e que ajuda em muito ao negríssimo tom da história principal (no melhor estilo poético-apocalíptico da pena de Alan Moore, de quem até agora apenas tinha lido o extraordinário V for Vendetta). Tudo contribui para que seja dos livros mais viciantes e absorventes que me chega ás mãos nos últimos tempos.

Por coincidência, ou talvez não (a reedição do livro está com certeza ligada com o lançamento do filme), um amigo generoso, de gosto requintado e grande sabedor destas coisas, ofereceu-me há pouco esta preciosidade. E como ainda não acabei de o ler, não quero estragar o gozo que me está a dar vendo uma versão necessariamente mais curta e condensada, e sabendo antes do tempo segredos que é suposto só conhecer daqui a umas 200 páginas (é verdade, são cerca de 350 páginas de comics mais umas 60 de texto). Por isso, e só por isso, não vou já esta tarde ver "Os Guardiães". Mas a manter-se este ritmo, cheira-me que a meio da semana que vem já estarei pronto.

E por falar em vigilantes, fiquem lá com esta. Bom fim de semana para todos, e não se esqueçam que logo à noite a Mão volta a atacar na Imbicta.

New Order - Love Vigilantes (Live in Japan, 1985)

27 fevereiro 2009

this f-f-f-fire

Pois é, isto tem andado um bocado parado. Entre o trabalho, o Carnaval e a ida a Madrid para ver os nossos tricampeões espalhar classe, não tem sobrado tempo para deixar aqui qualquer coisinha. E isso está mal.
Esta noite o vosso bom Joe vai pregar para outra freguesia. Que é como quem diz, vai (na companhia de mais dois cachuchos) pôr uns discos no Bar 3.7centos, em S. João da Madeira. E se pensam que se trata de terra pouco cosmopolita, bem vos enganais. Já há mais de 40 anos que os Rolling Stones mencionam essa bela localidade nos seus textos. Fáxavor conferir aqui em baixo, aproximadamente por volta dos 40''.



E tenham um excelente fim de semana.

19 fevereiro 2009

que tudo se realize

Reparei agora que esta chafarica fez 3 anos anteontem. E isso merece ser referido, quanto mais não seja pela falta de melhor assunto.
Para festejar podem colocar o clip aqui em baixo directamente nos 4'00'', e ouvir a bela canção que aí se vos proporciona. Não sendo exactamente uma canção de aniversário, celebra também ela a passagem do tempo, a renovação dos ciclos da vida e os votos num futuro mais risonho. É poesia, em suma. E da boa.
E é disso que a gente gosta, ou não?

18 fevereiro 2009

he gets away with it

Esta semana disputa-se em Portugal (Marco de Canaveses e Famalicão) a Champions Clerum, que é nada mais nada menos do que um campeonato europeu de FutSal destinado a padres. Cachucho, não é?
Pergunto-me se os árbitros também serão padres. E se nesse caso terão direito às mesmas compensações (materiais e, digamos... espirituais) com que o Sr. Howard King confessou à Bola ser presenteado quando veio apitar jogos do zbórdeng e dos lamps. Caso os nossos padres não ganhem o caneco espero para breve o Apito de Batina. E se os investigadores forem a dupla de estarolas Morgado & Costa, até pode ser que desta consigam apanhar o Papa. O Bento, não o Pinto.
Anyway, estas modernices clericais recordaram-me os Mansun e a golden age da britpop. Tempos de libertação, em que os padres já faziam strip e não se limitavam a usar fatos de bailarina.

09 fevereiro 2009

after the rain, whenever it is

Eu nem sou muito de me queixar da vida, nem do tempo, nem do caraças, mas este tempo já me começa realmente a irritar.
Procurando retirar alguma coisa de positivo, aqui fica uma bela canção para os dias de chuva de uma das bandas mais sub-estimadas da fornada pós-punk. Mereciam um lugar no pedestal ao lado dos Sound, Chameleons, Furs e Cª.
É aproveitar, que o clip traz brinde e ficam duas pelo preço de uma. Em tempo de crise é coisa rara.

Boa semana molhada para todos.

05 fevereiro 2009

Thirteen X 3

Big Star - Thirteen

Wilco - Thirteen (Big Star cover)

Elliott Smith - Thirteen (Big Star cover)

04 fevereiro 2009

higher astro-hell

Venho de tomar café com uma amiga, que pelo segundo dia consecutivo me diz que não ando com boa cara. Mas hoje desenvolveu a sua apreensão, e concluiu que deve ser por eu estar a atravessar o meu inferno astral. Ora eu, que ligo tanto à astrologia como ligo à missa de domingo, à Anatomia de Grey ou ao campeonato de futsal (zero), fiquei a saber que no mês anterior ao aniversário estamos portanto no respectivo inferno. A pessoa a pensar que ainda era ressaca da passagem de ano, e vai-se a ver é a conjugação de Saturno com o Sol, vezes a hora do nascimento, a dividir pelo ascendente de Sagitário menos a raíz quadrada lá do caraças.
E agora ponho-me a pensar: seria a isto que BigMac e os seus Coelhinhos se referiam neste clássico de 1983?

02 fevereiro 2009

blue northern sky

Enquanto deambulava pelo blogue de uma amiga auto-exilada no seu sul, deparei neste post com a minha canção preferida do Nick Drake, sobre o céu do meu norte. Ou se calhar do norte dele. Seja que norte for é uma canção extraordinária, de um álbum extraordinário editado num ano extraordinário. Provavelmente uma das 100 canções que eu levaria para a ilha deserta.
Hoje o céu do norte está azulinho. Dizem que o azul não vai durar muito, mas também diziam isso antes de jogarmos em Braga e em Belém e enganaram-se. Desta vez o azul está lá em cima para durar.

Nick Drake - Northern Sky
Boa semana para todos.

28 janeiro 2009

undercover of the night


Neste sábado regressam ao Radio Bar as noites (di)versões com os DJs Undercover, agora com a colaboração deste vosso amigo. Para quem não conhece o conceito, é uma noite inteira em que só tocam covers. Ele é a Kylie a cantar Roxy Music, ele são os Eels a cantarem Prince, ele são os Travis a cantar Britney, ele são os Jesus & Mary Chain a cantar Beach Boys, ele são os Ash a cantar Abba, ele são os Arctic Monkeys a cantar Amy, ele são os Gnarls Barkley a cantar Violent Femmes, ele são os Violent Femmes a cantar Gnarls Barkley, ele é o diabo a quatro e o fim do mundo em cuecas. So visto, porque contado ninguém acredita.

E se acham que uma cover nunca está à altura do original, tomem lá isto e depois digam. Donna Summer by Curve.


27 janeiro 2009

1995 seems like a long way to go

1995 seems like a long way to go
if you ever were to find your way back home
the only thing I really miss is being the first one
that you see when morning opens up the skies
you see me when daylight opens up your eyes
and though I'm happier now I always long somehow
back to 1995
(Radio Dept., '1995')
Já tenho lido alguns posts com hossanas a colheitas musicais que, no entender dos respectivos signatários, se destacaram das demais. Ora, é devido neste tasco um elogio à colheita de 95, que muito pessoalmente considero como a melhor desde que oiço música de forma consciente. E isto apesar de só ter ouvido alguns destes discos anos depois.

Mas vamos a factos. Ou melhor, a opiniões.

Para começar, alguns dos nomes mais importantes dos 90’s estavam por esta altura - digamos, entre 93 e 97 - na sua melhor forma de sempre, e mandaram cá para fora discos ainda hoje essenciais em qualquer casa de família (e inclusivamente em agregados familiares alternativos). Aconteceu isso com os Tindersticks, Radiohead, Pavement, Smashing Pumpkins, Pulp ou PJ Harvey. Em 95 editaram discos que, em muitos casos, são os meus preferidos das respectivas discografias. Por ordem alfabética:
  • Flaming Lips, Clouds taste metallic
  • Lambchop, How I quit smoking
  • Luna, Penthouse
  • Morphine, Yes
  • Pavement, Wowee Zowee
  • PJ Harvey, To bring you my love
  • Pulp, Different Class
  • Radiohead , The Bends
  • Smashing Pumpkins, Mellon Collie and the infinite sadness
  • Tindersticks, Tindersticks (II)

    Num segundo capítulo, houve muitos discos memoráveis lançados por bandas relativamente menos cotadas, algumas até esquecidas hoje em dia. Gente que fez a maior parte da carreira no sucedâneo pop-rock da Liga Vitalis, mas que deixou obra valiosa.
  • 6ths, Wasps’nest
  • Belly, King
  • Boss Hog, Boss Hog
  • Chico Science & Nação Zumbi, Da lama ao caos
  • Chris Isaak, Forever blue
  • Drugstore, Drugstore
  • Elastica, Elastica
  • Friends of Dean Martinez, The shadow of your smile
  • Garbage, Garbage
  • Mojave 3, Ask me tomorrow
  • Presidents of the U.S.A., Presidents of the U.S.A.
  • Spain, The blue moods of Spain
  • Sparklehorse, Vivadixiesubmarinetransmissionplot
  • Supergrass, I should Coco
  • Tarnation, Gentle creatures
  • Tricky, Maxinquaye
  • Verve, A northern soul
  • Whipping Boy, Heartworm

    Houve ainda bons discos de bandas que até eram capazes de fazer melhor, mas que dificilmente editariam um disco que não fosse pelo menos bom.
  • Apartments, A life full of farewells
  • Blur, The great escape
  • Sonic Youth, Washing machine
  • Spiritualized, Pure phase
  • Teenage Fanclub, Grand Prix
  • Yo la Tengo, Electr-o-Pura

E claro, houve Outside, o melhor disco do Mestre Bowie desde o Scary Monsters. É verdade que se diz isto de cada vez que o homem lança um disco novo, mas para o caso pouco interessa. É o disco de Hallo Spaceboy, The hearts' filthy lessons ou We prick you, e está tudo dito.

Com este, a conta perfaz 35 discos. É um número redondo, e parece-me adequado para terminar esta lista e marcar a minha posição: 1995 foi "o" ano. O meu ano, anyway.

Para terminar a excursão com um fade out adequado, nada melhor do que ver o brinde grátis aqui em baixo. Para além de ser um dos melhores clips que conheço, serve uma das canções mais extraordinárias do meu LP favorito da década de 90.

23 janeiro 2009

velvet fog

Esta manhã abri a janela e deparei com mais um dia de nevoeiro e chuva miudinha. Ando desde aí a assobiar esta canção tão jingle-jangle, mas bem mais amarga do que aquilo que parece à primeira vista.

Belle and Sebastian, Another sunny day (Live @ Lowlands, 2006)

Um bom fim de semana, independentemente das condições atmosféricas

You missed my eye, I wonder why, I didn't complain
You missed my eye, I wonder why, please do it again

19 janeiro 2009

Polly-insaturados

Eis uma pausa para lanche que se revelou melhor do que a encomenda: acabo de descobrir que
a nossa querida Polly Jean vem ao Porto.
É no dia 2 de Maio, na CdM, e vem acompanhada do cavalheiro John Parish. Querem confirmar? Vão aqui.
No fim de Março é editado A woman a man walked by, o segundo disco da dupla. O filho único do casal é, por enquanto, o excelso e injustamente esquecido Dance Hall at Louse Point, de 1996 - isto apesar de Parish ser um colaborador assíduo dos últimos albuns de PJ Harvey (tendo até co-produzido White Chalk, melhor álbum de 2007 aqui na C-70 ).
Recordemos aquele disco e um dos seus melhores momentos: a recriação, pela nossa Deusa, de Is that all there is, o clássico de Leiber & Stoller originalmente gravado por Peggy Lee.


o que é preciso...

...é fazer as coisas bem feitas. E se possível, fazê-las com groove.


The Go! Team, "Doing it right"

16 janeiro 2009

O Outono no Porto

Amanhã à noite a Imbicta vai ser visitada por uma das mais lendárias bandas de rock ainda em actividade. Isto se os The Fall (ou seja, Mark E. Smith e quem quer que o acompanhe em certo e determinado momento) não voltarem a cancelar o concerto, como aconteceu há uns anos. Na altura, segundo se disse, poucos dias antes da data anunciada tinham-se vendido 4 bilhetes; desta vez o concerto está inserido numa noite clubbing, portanto a casa cheia é quase uma garantia. Quanto mais não seja pelo hype que estas noites ganharam, e ainda bem.
Não posso dizer que seja um conhecedor profundo da obra dos The Fall, até porque ser conhecedor profundo de uma banda com quase 30 álbuns de originais é quase um trabalho em full-time, que deixo para outros especialistas bem mais qualificados. Nem sei muito bem o que esperar do concerto de amanhã, provavelmente mais centrado no álbum de 2008, mas que esperançosamente irá buscar algumas coisas ao enorme e rico fundo de catálogo. Seja como for, ver este homem em palco (ele que até já fez uma digressão em cadeira de rodas) é ocasião que não se deve perder.
Hit the North, everybody!!

13 janeiro 2009

o artista argentino

Ainda relativamente às incidências da jornada futeboleira, ao rever a forma despudorada como o futuro jogador do Real Madrid (LOL!!!) comemorou a inesperada marcação de um penalty que ele sabia muito bem não ter existido, lembrei-me de um grande single da melhor banda rock espanhola, por acaso já citado há bastante tempo neste tasco.
Basta substituir a palavra "madrilista" por outra palavra (que até rima, mas neste blogue não se pode escrever) e a coisa serve que nem uma luva.


Me explicó con detalle la situación,
acento argentino, oro en el reloj
"En cuanto llegues al área te vas a dejar caer"
que controlo el hemisferio norte, ya lo ves.
Porque ya está aquí el artista madrilista,
que los árbitros le pitan casi siempre a favor.
(Los Planetas, El artista madrilista, 2002)

12 janeiro 2009

Mão ao alto!

Ontem, enquanto comia a minha francesinha, a TV ia dando isto. Depois fui para o Dragão e vi isto. Tamanha concentração de pouca-vergonha fez-me lembrar este disco (que por sinal não é nada de especial).
Esta é uma das malhas mais decentes. Fala dos mitras que entram nas festas para que não são convidados... o que nos leva outra vez ao mesmo assunto.

Que a semana vos sorria, e que esse sorriso mostre uma dentadura branca e bem tratada.

09 janeiro 2009

listen

Já não me lembrava de ver uma coisa destas aqui no Porto. Caiu mesmo, como acontece nos países civilizados. Agora é que o Sócrates não se vai cansar de citar o exemplo finlandês. Ou será que vamos entrar na bancarrota como a Islândia?
Galaxie 500 - Listen, the Snow Is Falling

(a menina que canta esta canção, mais o moço que toca bateria, vão estar no Passos Manuel de amanhã a uma semana. Na mesma noite e à mesma hora, estarei a ver os Fall na Casa da Música. Porque é que esta gente não se organiza, caraças?)

Um fim de semana branco para todos.

08 janeiro 2009

Me and Mr. Jones

A C70, por via dos seus mais altos representantes e dignatários, envia um caloroso abraço de parabéns ao Senhor David Robert Jones, que hoje completa 62 invernos. Desejamos que passe um dia muito agradável na companhia dos seus entes queridos e que continue a contá-los por muito tempo.
Sempre a abrir, de preferência sem bater.

(E já agora, ia sendo altura de compensar aquele concerto cancelado no Dragão.)