28 novembro 2008

só para avisar...

...que amanhã vou estar a alternar discos na belíssima companhia do Capitão Edu. vai ser no Altar, na R. de Cedofeita, e a noite vai ser só, mas mesmo só, dedicada a covers - ou 'versões', no caso de falarem línguas exóticas. Coisa fina, portanto.
Será que esta...

Momento de jazz C70



The Dave Brubeck Quartet: "Take five"

27 novembro 2008

a vizinha do lado

Os Mystery Jets são sérios candidatos ao caneco "single pop do ano", com esta ode à miúda que mora duas portas abaixo. Desde há uns dias que ouço isto repetidamente sem me cansar, é verdadeiramente viciante.
Se não fosse demasiado preguiçoso teria colocado só a canção, e não o péssimo clip que a acompanha, absurdamente mal feito em todos os aspectos possíveis e a remeter de forma cabotina para um imaginário "80's-kitsch" que não faz o mínimo sentido. Se puderem ouvir sem ver ficam a ganhar.

26 novembro 2008

de Istambul com amor

Parece que a tal crise passou. Assim rezam as notícias chegadas ontem à noitinha da antiga Constantinopla, vergada à força e classe dos invasores.


I got a telephone call from Istanbul
my baby's coming home today

24 novembro 2008

loucos ao poder

Em 1981 uma das mais importantes (seguramente a mais divertida) banda inglesa do espectro post-punk/ ska/ new-wave foi alvo de uma secessão. Os três vocalistas dos Specials abandonaram a banda e formaram os menos conseguidos Fun Boy Three, que ainda assim tiveram alguns singles inspirados e com algum sucesso. E, diga-se, gravaram algumas coisas com as Bananarama. Isso por si só já justificava o acto de formar uma banda e inclusivamente ter penteados como o que Terry Hall ostenta neste clip. É o primeiro single da banda, editado nos finais de 1981, e chama-se The Lunatics (have taken over the asylum).



Ocorreu-me esta música a propósito do concerto dos Mão Morta no auditório de um hospital psiquiátrico. Não lembra ao careca organizar uma coisa destas numa sala só com lugares sentados em cadeirinhas de veludo. Não dá, caraças, é contra-natura. Mas num palco encabeçado por uma faixa em que se lia "75 anos ao serviço da saúde mental" tudo pode acontecer.
Para que conste, o concerto foi mesmo muito bom. Como pontos altos, destacaria as versões avassaladoras do Penso que penso, Arrastando o seu cadáver e Lisboa, e a presença quase constante de 3 guitarras em palco. Que grande som! Só é pena não darem uma refrescadela ao reportório, com alguns clássicos que já há muito não se ouvem. Por onde andam Anjos marotos, Desmaia irmã desmaia, Facas em sangue ou Velocidade escaldante? E já agora, se a ideia é manter o dito reportório, que não se prive o povo de alguns dos mais clássicos entre todos os clássicos, como Anarquista Duval, Oub'lá, e Charles Manson. Algumas destas podiam ter ficado para o encore... mas para isso era preciso que tivesse havido encore.

21 novembro 2008

luxúria no sanatório

Depois de ano e meia de ausência enquanto banda de rock que toca canções de rock (apesar de entrementes terem feito este espectáculo), a melhor banda lusa de todos os tempos regressa hoje aos palcos, e regressa em grande estilo. É em Barcelos, no Auditório S. Bento Menni, que fica no terreno da célebre casa de Saúde de S. João de Deus, mais conhecida como 'Casa Amarela'. Sim, a tal que deu o nome ao primeiro filme da trilogia de João César Monteiro no papel (lá está...) de João de Deus. A coisa até faz lembrar o mítico concerto dos Cramps no Napa State Mental Hospital, e cenas como esta, mas não creio que vá ser tão radical.

Já estou com saudades de um concerto à séria dos Mão Morta, que já não vejo desde uma noite no Mercedes por alturas da digressão do 'Nus'. Em época de agonia financeira e de crise (mais uma) do capitalismo, tenho a certeza que não vão deixar de tocar esta grande malha róquenroleira.

13 novembro 2008

high infadelity

No próximo sábado vamos ter animação na Imbicta. Ou mais concretamente no Plano B, onde actuam os Infadels, acabadinhos de lançar o 2º álbum. O primeiro disco desta rapaziada foi um dos melhores de 2006 para a conceituada lista de fim de ano da C70. E ainda que não haja neste disco uma canção tão boa como a sobre-excelente Girl that speaks no words, a verdade é que o dito disco não está mesmo nada mau.
E há mais: na primeira parte vão estar os lisboetas You should go ahead, que eu não conhecia mas que pela amostra do MySpace parecem bem catitas. E ainda podemos disfrutar do bom gosto musical deste cavalheiro, que depois dos concertos vai estar a dar música a quem o quiser ouvir.
Swell, innit?

Infadels : Free things for poor people

You should go ahead : like when I was seventeen

07 novembro 2008

down under

São quatro meninas e um caramelo (o da bateria) que parece saído de um clip antigo da Madonna e chamam-se TeenagersinTokyo. Ainda não editaram o 1º álbum, mas acho que nos próximos tempos vamos ouvir falar deles.
Depois dos Cut Copy, esta é a segunda banda australiana que me agrada bastante em 2008. O outro lado do mundo tem fabricado produtos com relativo sucesso na franja do pop/rock-musculado-a-armar-ao-indie, como os Datsuns, Vines, D4, Jet ou Wolfmother. Uns melhores outros piores, nada que tenha deixado grandes marcas. Espero que estes sejam bons sinais e que a coisa mude - os Taken by Cars, mui apreciados neste tasco (fachavôr conferir aqui), também vêm de perto. Não me cheira que a grande geração do início dos 80's (de onde saíram o mestre Nick Cave, os Go-betweens ou os Triffids, e de que os Apartments foram talvez os únicos dignos representantes nos últimos anos) tenha ainda sucessores à altura, mas há 10 anos também ninguém diria que o Canadá se iria tornar na nova Meca do indie.
Fiquem com este ultra-energético Very Vampyr como aperitivo para o fim de semana. E divirtam-se.


05 novembro 2008

we got to fight the powers that be

To revolutionize make a change nothin's strange

vamos agora esperar pela tal mudança que é necessária. mas entretanto estou muito contente

04 novembro 2008

Black Power

Um dos discos mais boa onda deste ano da graça de 2008 vem de Jacksonville, Florida. Chama-se Partie Traumatic, foi produzido pelo ex-Suede Bernard Butler e é obra dos Black Kids. Mais uma banda que começou com umas musiquinhas no MySpace e de um dia para o outro deu o salto da liga dos últimos para a Liga dos Campeões. É impossível a qualquer animal de sangue quente não bater o pé e/ou abanar a anca quando ouve coisas como este I'm not gonna teach your boyfriend how to dance with you ou o Look at me (when I rock wichoo) que podem ver mais aqui em baixo. É viciante.
Este já tem lugar cativo na lista de fim de ano.

03 novembro 2008

some things hurt more

Informa-se que por nenhuma razão particular mas por tempo indeterminado (enquanto a actual conjuntura de crise assim o obrigar), este tasco passa a glorificar os desportos automóveis com menosprezo daquele jogo idiota em que 20 gajos correm atrás de uma bola e dois ficam parados a olhar.


Will Heaven wait, all heavenly, over the next horizon? Isso é o que eu e os meus gostávamos de saber. Mas que a coisa parece negra, lá isso parece. Quarta-feira falamos...