28 agosto 2007

26 agosto 2007

08 agosto 2007

Quote of the day #2 - Jonathan Richman / Pablo Picasso

Well, some people try to pick up girls and get called an asshole,
this never happened to Pablo Picasso

He could walk down your street and girls could not resist to stare
,
so Pablo Picasso was never called an asshole.


Há que dizê-lo com frontalidade: a experiência de pintura de tectos foi um rotundo sucesso. Apesar de ter parte considerável do corpo salpicada de branco, apesar de ter parte do chão salpicado de branco, apesar de ter pó branco por toda a casa (em quantidades tais que cheguei a ter a esperança que a Kate Moss aparecesse para o chá), apesar de tudo os meus tectos estão um luxo asiático. Melhor ainda, um luxo González, com 100% do passe e tudo. Dignos de serem expostos numa bienal de pintura. Dignos de serem mencionados e comentados naqueles blogues mais vocacionados para as artes plásticas.
A ideia inicial era pintar tudo de branco. Mas já sabem como é, a pessoa começa-se a entusiasmar e às tantas é difícil travar a inspiração. Miquem o resultado final:


Se estiverem interessados nestes ou outros serviços, fáxavor contactar o artista por algum dos endereços ali à direita. Facilidades de pagamento até 18 meses sem juros e oferta de um kit porta-chaves/pente/corta-unhas com a Criação do Mundo às 10 primeiras encomendas*.

* limitado ao stock existente

Quote of the day - Felt / Primitive painters

I don't care about this life, they say there'll be another one
defeatist attitude I know will you be sorry when I've gone
Primitive painters are ships floating on an empty sea
gathering in galleries were stallions of imagery



A C70 aproveita o dia antes da partida para férias para se lançar numa inédita e intrépida aventura de bricolage caseira. Nada menos do que pintar o tecto de 3 divisões. Começo assim a perceber certas coisas que até agora não percebia. depois de uma hora a raspar e lixar um tecto, também eu já estava capaz de emborcar meia dúzia de minis, traçadas com Martini e tudo.
Sei que esta canção, um dos mais belos momentos da dream-pop dos 80's, é muito apreciada por certo casalinho que se encontra de férias na Vagueira, essa bela localidade. Do alto do escadote e de trincha em riste, daqui lhe mando as mais cordiais saudações.

07 agosto 2007

My heart is cold, my soul is free

Acabo de saber, via April Skies, da morte do grande Lee Hazlewood. O homem que compôs, gravou e/ou produziu pedaços do céu como Summer Wine, These boots are made for walkin', Sand ou Some velvet morning, o dono da mais colossal voz de barítono e do mais respeitável bigode da pop, aquele a quem os Tindersticks chamaram "a father to us all" na contracapa de um dos seus primeiros singles, o criador de uma ode triunfal chamada José, o único e verdadeiro cowboy in Sweden (ao que consta exilou-se para lá para que o filho não fosse alistado para a guerra do Vietname), não vai voltar a compor nem a cantar. Quem ama a música pop não pode deixar de se sentir mais pobre.

Obrigado por tudo, Lee. Lá onde quer que estejas, bebe o teu vinho nesta noite de Agosto.


06 agosto 2007

O navio

Sempre a propósito de barcos, navios, mares e afins, lembrei-me desta canção um bocadinho xaroposa demais e que nem tem assim tanto a ver com o assunto, mas que sabe sempre bem ouvir. Lembro-me de há muitos anos ouvir isto às escuras, com os headphones. Ficava sempre arrepiado.
Digam o que disserem deste disco, há coisas que são indiscutíveis: tem um som e uma produção quase perfeitos, e o tipo nesta altura estava a cantar como o caraças. E já agora, tem meia dúzia de canções impecábeis.



Sempre que vejo este clip pergunto-me: como é que eles conseguiram manter cara séria durante tantos segundos? Ver o Blixa e o Kid Congo de meninos de coro é hilariante.

04 agosto 2007

Des marins qui chantent les rêves qui les hantent

Este ano a minha literatura de férias vai ser temática. Vou ler ou reler livros de viagens marítimas, histórias de aventuras e de piratas. De momento estou a atacar a Revolta na Bounty, que é muito diferente do que imaginava, mas absolutamente absorvente. O próximo será provavelmente o Moby Dick, que já ando para ler há alguns anos. Depois, dependendo do tempo e do estado de espírito, relerei as Aventuras de Arthur Gordon Pym, um livro do Edgar A. Poe que li quando tinha uns 11 ou 12 anos, ou o 1º volume da colecção do Sandokan, que devo ter lido com 7 ou 8.
A canção com que tencionava ilustrar este post era o Navigator, dos Pogues, mas o YouTube não colabora. Deixo uma outra, porventura não tão apropriada mas incomparavelmente melhor. Um dos (o?) cantores/compositores não anglo-saxónicos de quem eu mais gosto, uma performance inebriante e uma canção soberba que fala de marinheiros, de portos e da cidade do pecado.



Se quiserem ouvir uma fantástica versão desta canção em inglês, por alguém acima de qualquer suspeita, podem ouvir aqui. Bizarramente, as imagens que verão são o clip de uma outra canção do Mestre, com esta canção sobreposta.

01 agosto 2007

Baby baby, please let me hold you

Ainda a propósito do Ogre verde que visitei esta tarde, ali pertinho do estádio mai'lindo do mundo, o genérico final trouxe-me à memória (quem viu perceberá porquê, quem não viu que vá ver) um clip já velhinho dos Talking Heads. A canção chama-se Stay up late, e ainda que não seja muito mais do que um complemento indirecto na obra desta banda superlativa absoluta analítica, o teledisco é, para não variar, extremamente inovador para os padrões de há 22 anos (até dói dizer isto a quem comprou o álbum quando ele saiu, e hoje até o tem exposto na parede da sala...), apesar da extrema simplicidade de processos. E sobretudo é muito divertido.


E tudo em mim é um fogo posto

Hoje estamos de férias. Ou melhor 2/3 desta casa está de férias. E esses 2/3 vão comemorar o início de Agosto com um almoço num sítio simpático à beira-rio ou à beira-mar (já se verá), seguido de uma ida aos movies. Parece que o outro 1/3 tem uns exames para corrigir... azar!

A propósito do filme que estes 2/3 tencionam ir ver hoje, tomem lá uma cançãozita bem disposta, que era o tema do Shrek original, aqui cantada pelo seu legítimo autor. O mesmo que escreveu coisas como o Red Red Wine e o Girl, you'll be a woman soon (já sem falar desta preciosidade, evidentemente), o one and only Rei do Azeite, o Príncipe dos casinos, o Imperador do cetim branco e da lantejoula, um Senhor com "S" grande e provavelmente o meu maior guilty pleasure musical. Neil, para os amigos.