Nesta altura do ano as conversas acabam por ir parar quase sempre ao mesmo sítio: "está um frio que não se pode ter nada de fora"; "o subsídio de natal já se foi"; o clássico "como de costume o benfica já está a levar no canastro"; ou o clássico dos clássicos "então quais são os discos do ano?"
A lista C70 dos melhores de 2008 está em maturação, e tenho-me aprecebido de alguns bons discos a que não dei a devida atenção, e cuja audição cuidada terá que ficar para outras calendas. As listas das revistas e blogues mais considerados pela administração deste tasco já andam por aí, e tenho visto nos lugares cimeiros discos que não me tocaram particularmente: o novo dos Portishead, Fleet Foxes, MGMT, Cut Copy, The Bug, Bon Iver... gostei mais de uns do que de outros, mas nenhum destes estará no meu top.
Quem vai estar no meu top5 são estes meninos, que editaram em 2008 um disco do caraças e que tem passado ao lado das listas. Direi mesmo que é dos melhores discos de rock lançados por uma banda britânica nos últimos anos: Neptune, dos Duke Spirit. Estranhamente nunca tinha falado deles aqui, apesar de os seguir já há bastante tempo e de me deliciar com este disco desde que saiu.
A melhor descrição que consigo arranjar para a música dos Duke Spirit é a de uma espécie de Gun Club menos viscerais liderados por uma Bjork loira, que contrariamente a esse badejo islandês não tem a mania que sabe fazer habilidades com a voz. E toca pandeireta, coisa que como se sabe deixa imediatamente qualquer gajo desorientado.
Mas adiante: os Duke Spirit andam mais ou menos na mesma onda dos Sons and Daughters ou dos Kills, bandas que também lançaram este ano discos muitíssimos recomendáveis. Infelizmente ainda não estiveram cá por Portugal a dar um ar da sua graça, mas vamos ter esperança que isso não demore - Kraak, fico à espera que cumpras a promessa.
Fiquem com este Lassoo, um single potentíssimo.
3 comentários:
Um projecto muito interessante.
Abraço
Com tanta coisa para ouvir, não dediquei a "Neptune" a atenção que provavelmente merece. Mas ainda hei-de suprir a minha falta.
Abraço
Tembém hei-de suprimir essa falta, apesar de achar "My Sunken Treasure" uma música muito bonita e uma das mais sixties que ouvi este ano. Abraço!
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