27 janeiro 2009

1995 seems like a long way to go

1995 seems like a long way to go
if you ever were to find your way back home
the only thing I really miss is being the first one
that you see when morning opens up the skies
you see me when daylight opens up your eyes
and though I'm happier now I always long somehow
back to 1995
(Radio Dept., '1995')
Já tenho lido alguns posts com hossanas a colheitas musicais que, no entender dos respectivos signatários, se destacaram das demais. Ora, é devido neste tasco um elogio à colheita de 95, que muito pessoalmente considero como a melhor desde que oiço música de forma consciente. E isto apesar de só ter ouvido alguns destes discos anos depois.

Mas vamos a factos. Ou melhor, a opiniões.

Para começar, alguns dos nomes mais importantes dos 90’s estavam por esta altura - digamos, entre 93 e 97 - na sua melhor forma de sempre, e mandaram cá para fora discos ainda hoje essenciais em qualquer casa de família (e inclusivamente em agregados familiares alternativos). Aconteceu isso com os Tindersticks, Radiohead, Pavement, Smashing Pumpkins, Pulp ou PJ Harvey. Em 95 editaram discos que, em muitos casos, são os meus preferidos das respectivas discografias. Por ordem alfabética:
  • Flaming Lips, Clouds taste metallic
  • Lambchop, How I quit smoking
  • Luna, Penthouse
  • Morphine, Yes
  • Pavement, Wowee Zowee
  • PJ Harvey, To bring you my love
  • Pulp, Different Class
  • Radiohead , The Bends
  • Smashing Pumpkins, Mellon Collie and the infinite sadness
  • Tindersticks, Tindersticks (II)

    Num segundo capítulo, houve muitos discos memoráveis lançados por bandas relativamente menos cotadas, algumas até esquecidas hoje em dia. Gente que fez a maior parte da carreira no sucedâneo pop-rock da Liga Vitalis, mas que deixou obra valiosa.
  • 6ths, Wasps’nest
  • Belly, King
  • Boss Hog, Boss Hog
  • Chico Science & Nação Zumbi, Da lama ao caos
  • Chris Isaak, Forever blue
  • Drugstore, Drugstore
  • Elastica, Elastica
  • Friends of Dean Martinez, The shadow of your smile
  • Garbage, Garbage
  • Mojave 3, Ask me tomorrow
  • Presidents of the U.S.A., Presidents of the U.S.A.
  • Spain, The blue moods of Spain
  • Sparklehorse, Vivadixiesubmarinetransmissionplot
  • Supergrass, I should Coco
  • Tarnation, Gentle creatures
  • Tricky, Maxinquaye
  • Verve, A northern soul
  • Whipping Boy, Heartworm

    Houve ainda bons discos de bandas que até eram capazes de fazer melhor, mas que dificilmente editariam um disco que não fosse pelo menos bom.
  • Apartments, A life full of farewells
  • Blur, The great escape
  • Sonic Youth, Washing machine
  • Spiritualized, Pure phase
  • Teenage Fanclub, Grand Prix
  • Yo la Tengo, Electr-o-Pura

E claro, houve Outside, o melhor disco do Mestre Bowie desde o Scary Monsters. É verdade que se diz isto de cada vez que o homem lança um disco novo, mas para o caso pouco interessa. É o disco de Hallo Spaceboy, The hearts' filthy lessons ou We prick you, e está tudo dito.

Com este, a conta perfaz 35 discos. É um número redondo, e parece-me adequado para terminar esta lista e marcar a minha posição: 1995 foi "o" ano. O meu ano, anyway.

Para terminar a excursão com um fade out adequado, nada melhor do que ver o brinde grátis aqui em baixo. Para além de ser um dos melhores clips que conheço, serve uma das canções mais extraordinárias do meu LP favorito da década de 90.

2 comentários:

Shumway disse...

Ora aí está uma excelente revisão do ano de 1995.
Onde os favoritos não são de estranhar.


Abraço

M.A. disse...

E eu que ainda não me tinha dado conta desta provacaçãozinha :)
Nem imaginas o número de vezes que ouvi o "Outside" nesta altura, precisamente depois de ficar impressionado com "Heart's filthy lesson". Na altura ouvia muito NIN e afins... O que serão que aconteceu aos planos da trilogia de que "Outside" era o primeiro volume?

Tens aí outros excelentes discos, que me marcaram profundamente. Tais como Radiohead (na altura quase ninguém queria saber deles), Tindersticks, Luna, Elastica, Tricky, Whipping Boy (boa lembrança!), Supergrass, e TFC, claro! Destes últimos, entre o "Grand Prix" e o "Bandwagonesque", o preferido varia consoante o que estiver a ouvir.

Já esse disco dos Pumpkins, para mim significa o início do descambar para a megalomania. Teria dado um óptimo álbum simples, como já terei dito algures.

É claro que na altura também vibrei com os Garbage e com os Morphine. Mas não contes a ninguém, OK?

Abraço!