Ontem estive no Coliseu de Lx a ver os Interpol. Uma ida que por uma série de razões acabou por se revelar mais atribulada do que o esperado, o que com toda certeza modificou o meu estado de espírito para este concerto. Com muita pena minha, pouco vi da actuação dos Blonde Redhead, mas o pouco que vi mostrou uma banda completamente no domínio do palco e do público. Surpreendeu-me a adesão incondicional dos espectadores que enchiam o Coliseu, não aos encantos de Kazu Makino (esses são consensuais, como se pode constatar aqui) mas à sonoridade não muito imediata, algures entre o shoegaze e a chanson, desta excelente banda.
Quanto aos Interpol, o concerto não foi de forma alguma uma surpresa. As versões apresentadas em palco foram quase decalcadas das que conhecemos dos três álbuns, com a excepção da gloriosa Stella was a diver, que após uns momentos de aparente improviso se fundiu com PDA, tema que fechou o único encore. A setlist repartiu o protagonismo entre Antics e Our love to admire, o primeiro com seis canções e o segundo com sete. Mas foi notória a preferência do público pelos temas mais conhecidos de Antics. Narc, Evil, Slow hands e C'mere foram provavelmente os momentos com mais adesão da plateia. Houve até um momento engraçado em que o público se antecipou a Paul Banks no início de Evil, e este (não sei se genuinamente surpreendido ou a fazer de conta) lhes pediu que cantassem mais um pouco antes de ele próprio começar a invocar a misteriosa Rosemary. Um dos melhores momentos da noite foi a magnífica Not even jail, que fechou o set. A banda regressaria pouco depois para tocar um fabuloso Take you on a cruise e as duas canções já mencionadas do álbum de estreia (de que já se tinham ouvido Say hello to the angels e Obstacle 1). A única escolha que me pareceu desenquadrada foi a inclusão no set principal da belíssima The lighthouse, que teria ficado melhor a abrir ou fechar o encore. Como sempre acontece, houve 2 ou 3 canções que tive pena de não ouvir: Roland, Length of love, Pace is the trick, e sobretudo aquela coisa sobre-excelente cujo clip podem ver aqui mais abaixo.
A prestação musical dos cinco elementos em palco foi irrepreensível. A pedra angular do "som Interpol" é, na minha opinião, a percussão económica e matemática de Sam Fogarino. Não há uma batida a mais, uma batida desnecessária e muito menos uma batida fora do sítio. Daniel Kessler, para além de ser também ele um guitarrista magnífico, é o elemento mais cool e mais comunicativo. E Paul Banks canta mesmo muito, muito bem.
Infelizmente não deu para depois do concerto ir beber uns copos com velhos e novos amigos que lá estavam. Mas conheci finalmente o meu blogmate m.a. e vi muita gente conhecida (algumas caras bem mais inesperadas do que outras...). Quase diria, mais do que vejo da maior parte das vezes que saio à noite no Porto...
Quanto aos Interpol, o concerto não foi de forma alguma uma surpresa. As versões apresentadas em palco foram quase decalcadas das que conhecemos dos três álbuns, com a excepção da gloriosa Stella was a diver, que após uns momentos de aparente improviso se fundiu com PDA, tema que fechou o único encore. A setlist repartiu o protagonismo entre Antics e Our love to admire, o primeiro com seis canções e o segundo com sete. Mas foi notória a preferência do público pelos temas mais conhecidos de Antics. Narc, Evil, Slow hands e C'mere foram provavelmente os momentos com mais adesão da plateia. Houve até um momento engraçado em que o público se antecipou a Paul Banks no início de Evil, e este (não sei se genuinamente surpreendido ou a fazer de conta) lhes pediu que cantassem mais um pouco antes de ele próprio começar a invocar a misteriosa Rosemary. Um dos melhores momentos da noite foi a magnífica Not even jail, que fechou o set. A banda regressaria pouco depois para tocar um fabuloso Take you on a cruise e as duas canções já mencionadas do álbum de estreia (de que já se tinham ouvido Say hello to the angels e Obstacle 1). A única escolha que me pareceu desenquadrada foi a inclusão no set principal da belíssima The lighthouse, que teria ficado melhor a abrir ou fechar o encore. Como sempre acontece, houve 2 ou 3 canções que tive pena de não ouvir: Roland, Length of love, Pace is the trick, e sobretudo aquela coisa sobre-excelente cujo clip podem ver aqui mais abaixo.
A prestação musical dos cinco elementos em palco foi irrepreensível. A pedra angular do "som Interpol" é, na minha opinião, a percussão económica e matemática de Sam Fogarino. Não há uma batida a mais, uma batida desnecessária e muito menos uma batida fora do sítio. Daniel Kessler, para além de ser também ele um guitarrista magnífico, é o elemento mais cool e mais comunicativo. E Paul Banks canta mesmo muito, muito bem.
Infelizmente não deu para depois do concerto ir beber uns copos com velhos e novos amigos que lá estavam. Mas conheci finalmente o meu blogmate m.a. e vi muita gente conhecida (algumas caras bem mais inesperadas do que outras...). Quase diria, mais do que vejo da maior parte das vezes que saio à noite no Porto...
3 comentários:
Partilho completamente a opinião quanto a sam fogarino, dono do meu instrumento preferido. Kessler brilhou, e o caro Julian também, canta mesmo com sentimento e isso é bonito de ver.
Quanto ao público, foram lamentáveis as crianças que aparentavam 13 anos e faziam corações com as mãos, bem como os cartazes que levavam a demonstrar a paixão pelo Paul. Foi um concerto fabuloso, que me diz muito, por algumas razões, mais do que uma simples banda de que gosto.
Quanto aos Blonde Redhead, gostei imenso. Uma grande surpresa agradável.
Aos copos faltou gente, msa foi divertido de qualquer modo, será que para a próxima conseguimos?
Um abraço, e óptima escolha com a NYC.
Hi mate!
Só há bocado vi o teu mail (o tal de exame de hoje manteve-me temporariamente afasrado da net) e só tenho a dizer que tenho pena que não tivesses ido com a gente mas compreendo perfeitamente os teus motivos. Temos é de combinar o tal encontro de "malta de bom gosto", como o Puto disse. Por mim, pode muito bem ser aí na Inbicta.
Só para meter pirraça, queria dizer que a noite do Incógnito foi muito boa, mesmo com a passagem 10 temas dos Interpol :)
Por acaso, o "NYC" (que tocaram no SBSR) tb é dos meus temas preferidos (muito Galaxie 500, indeed), juntamente com "Stella" e "Untitled".
Abraço
antes de qualquer outro comentário parabéns pela análise brilhante que fizeste.fantástica, sem dúvida. tendo em conta que são sem dúvida e até agora a banda que sinto minha com mais propriedade, foi um dia realmente feliz. tenho pena de não termos tomado todos uns copos ,incluindo o m.a, mas outras oportunidades não vão faltar, espero. *
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