27 fevereiro 2007

25 fevereiro 2007

Quote of the day - Smiths / How soon is now?

There's a club, if you'd like to go,
you could meet somebody who really loves you
so you go, and you stand on your own,
and you leave on your own,
and you go home, and you cry and you want to die.
When you say it's gonna happen "now",
well, when exactly do you mean?
See I've already waited too long,
and all my hope is gone...

Provavelmente a Uncut deste mês tem razão, e esta é mesmo a melhor canção de entre as imensas canções perfeitas que os Smiths nos deixaram. E também, com certeza, a mais carregada de esperança.

21 fevereiro 2007

Quote of the day - Dead can Dance / The Carnival is over

Outside the circus gathering
Moved silently along the rainswept boulevard.
The procession moved on, the shouting is over,
the fabulous freaks are leaving town,
they are driven by a strange desire
Unseen by the human eye.
Someone's calling,
the carnival is over

Há um ano mencionei aqui a versão feita pelo Nick Cave de um tema dos Seekers com um título igual a este. Este ano é a vez dos DCD. Para além de ser belíssima, esta canção cita lirica e musicalmente, e à fartazana, um dos álbuns da minha vida.
A C70 deseja a todos uma boa Quaresma. Que de hoje a 90 dias cá estejamos a celebrar o Pentecostes.


17 fevereiro 2007

Classe de 70 e um

Eia, um ano!

(o aniversário da C70 também pode ser celebrado vendo este clip.)

09 fevereiro 2007

Caixa de Clips 010 - Talking Heads / Crosseyed and painless (1980)

Na minha adolescência, como em quase todas, a banda sonora teve um papel fundamental. Adolescente que se preze fica durante horas fechado no quarto a ouvir repetidamente os seus discos até os saber de cor, palavra por palavra e acorde por acorde.
Quando tinha 16-17 anos, uma das minhas bandas favoritas eram os Talking Heads. No mesmo patamar só estavam os Joy Division e os Echo (por estranho que agora isso me pareça, os Velvet e os Clash chegaram um bocadinho mais tarde). Tinha e tenho todos os discos deles, e ainda hoje não sei dizer qual é o meu favorito: o nervoso More songs about buildings and food, o inquietante Fear of music ou este Remain in light, que abriu à juventude branca o mundo de possibilidades oferecido pelos ritmos negros (um bocadinho como os Stone Roses voltariam a fazer quase 10 anos depois, nos avassaladores minutos finais do seu disco de estreia). Poucos jovens caucasianos se interessavam, à altura, por funk como aquele que os Heads nos ofereciam aqui, muito simplesmente porque continuava a ser uma música de ghetto que não chegava à TV e muito menos aos tops. O fenómeno breakdance ainda estava para rebentar, e alguns anos passariam antes que o Rap (na altura não se falava em hip-hop) desse o salto para o mainstream - falo evidentemente do momento em que Rick Rubin (que 10 anos mais tarde seria o grande obreiro da ressurreição de Johnny Cash) se lembrou de pôr Run-DMC a fazer um dueto com os Aerosmith nesse hino à iniciação sexual chamado Walk this way. Mas tergiverso. A ideia é falar dos Heads, e não de chapéus de côco, Adidas sem cordões e jovens a transbordar de testosterona "goin' down on a muffin'".
Remain in Light encerra a trilogia de álbuns dos Heads produzidos por Brian Eno, que já tinha sido um colaborador imediato de Bowie na sua própria trilogia de Berlin (Low, Heroes e Lodger). Sem que isso o faça necessariamente um disco melhor do que os anteriores, nota-se um amadurecimento enorme do som da banda. Ainda que no Lado B (quem tiver menos de 30 anos é favor consultar uma enciclopédia para saber o que é isso) haja menos ritmos dançáveis, e até a tentativa, confessada por David Byrne, de copiar o som dos Joy Division sem nunca os ter ouvido, mas apenas pelo que lia sobre eles na imprensa (The overload, a faixa que encerra o disco), percebe-se pela primeira vez que os Heads tinham encontrado um som e que o queriam explorar até ao limite. É claro, desde os primeiros segundos de Born under punches, que estamos perante uma banda fascinada pelo ritmo, pelos diálogos frenéticos entre a guitarra-ritmo e a percussão, por coros que nos fazem lembrar canções tribais, pelo uso delirante das palavras, que muitas vezes têm um valor claramente mais fonético do que semântico - apesar da reputação de Byrne como um dos letristas mais brilhantes da cena new-wave.
Duas das faixas mais imediatas do disco proporcionaram dois clips invulgarmente originais para os padrões da altura: o brilhante, marcante e inesquecível Once in a lifetime (que podem ver em link), e este Crosseyed and painless, que resolvi destacar por ser menos conhecido e por nos recordar de onde vinha a música que estes quatro nerds intelectualóides brancos tocavam. Ambos têm a mãozinha de Toni Basil (de quem já falei aqui), como coreógrafa e co-realizadora. E são um regalo para a vista e para os ouvidos.
Enjoy!

Quote of the day - Cornershop (feat. Paula Frazer) / Good to be on the road back home

Leave Chattanooga, walk in to New York City,
Aeroplane down to Nippon ground, meet some friends in Tokio town,
Across to West Maluva, showboat to West Malay,
Leave my foes to their woes, sometimes “that’s how it goes”
It’s good to be on the road back home again.
A coisa não foi assim tao exótica, mas soube muito bem ir arejar uns dias. Para além de respirar outros ares e ver outras coisas, deu para comprar alguma literatura e caçar uns belos 7'' em lojas de segunda mão. Só foi pena não ter apanhado as feiras de sábado, mas pronto...
Só era escusado chegar cá um ano mais velho.

03 fevereiro 2007

Até para a semana

e portem-se bem na minha ausência.